Copom: continuidade de ajuste da taxa Selic é apropriada

Copom: continuidade de ajuste da taxa Selic é apropriada

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) considera apropriada a continuidade do ritmo de ajuste da taxa básica de juros, a Selic. A informação consta da ata da última reunião do Copom, quando a Selic foi elevada em 0,5 ponto percentual, para 10,5% ao ano.

Em 2013, a Selic foi elevada em 2,75 pontos percentuais. O BC iniciou o ciclo de alta em abril, com elevação em 0,25 ponto percentual. Nas reuniões seguintes, o ajuste passou a ser 0,5 ponto percentual.

Na ata, o comitê diz que “a elevada variação dos índices de preços ao consumidor nos últimos 12 meses contribui para que a inflação ainda mostre resistência que, a propósito, tem se mostrado ligeiramente acima daquela que se antecipava”.

A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou 2013 em 5,91%, acima do resultado de 2012 (5,84%). O presidente do BC, Alexandre Tombini, esperava que a inflação do ano passado ficasse abaixo da de 2012.

“Tendo em vista os danos que a persistência desse processo [resistência da inflação] causaria à tomada de decisões sobre consumo e investimentos, na visão do comitê faz-se necessário que, com a devida tempestividade, o mesmo seja revertido. Dessa forma, o Copom entende ser apropriada a continuidade do ritmo de ajuste das condições monetárias [aumento da Selic] ora em curso”.

O Copom volta a destacar que “em momentos como o atual, a política monetária [decisões sobre a Selic] deve se manter especialmente vigilante, de modo a minimizar riscos de que níveis elevados de inflação, como o observado nos últimos 12 meses, persistam no horizonte relevante”. Ao mesmo tempo, pondera que a transmissão dos efeitos das elevação da Selic para a inflação leva tempo para aparecer.

Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso gera reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. O BC tem que perseguir uma meta de inflação que é 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos.


Agência Brasil

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