O Governo de Alagoas deu prosseguimento na terça-feira (20) ao processo de incentivo à requalificação dos abatedouros e certificação da carne produzida no Estado. A ação foi executada pela Secretaria de Agricultura, Pesca e Aquicultura (Seapa), através do secretário Álvaro Vasconcelos que visitou as obras do frigorífico Frigovale, em Arapiraca.
Com área total de 10 hectares (3 mil m2 área construída) e capacidade inicial de 250 animais/dia, e possibilidade de aumento da produção para 400 animais/dia, o Frigovale deverá atender às demandas de 18 municípios da região. Dentre as inovações previstas, o modelo a ser implantado inclui sistema de refrigeração e o aproveitamento completo dos subprodutos – sebo, couro e chifres.
“Queremos qualificar o setor, garantindo que o consumidor tenha acesso à carne certificada. A adequação não passa apenas pela modernização dos abatedouros, mas pelo atendimento à legislação em todas as fases: da produção à distribuição. Essa unidade deverá se tornar modelo para outras implantações em Alagoas”, explicou Vasconcelos.
A regionalização do abate foi apontada pelo secretário municipal de Agricultura de Arapiraca, Rui Palmeira Medeiros, como fator fundamental para evitar a pulverização de investimentos por parte dos municípios menores. “Além de evitar gastos desnecessários, vamos reduzir consideravelmente o impacto ambiental gerado pela atividade de abate. Outro avanço, no que se refere à geração de emprego, estimada em 80 postos de trabalho, é o atendimento às Normas do Ministério do Trabalho”, destacou Palmeira.
Certificação
A demanda mensal do Estado é de 30 mil cabeças de bovinos. Desse total, nove mil são abatidas em dois frigoríficos certificados. “Temos um contingente de 21 mil cabeças que dependem da certificação. A implantação do frigorífico de Arapiraca reduzirá o número para 11 mil”, adiantou Marcelo Lima, presidente da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal).
A construção do Frigorífico Frigovale é fruto de uma parceria entre o Ministério da Agricultura, o município e a iniciativa privada, por meio de convênio de concessão onerosa, através de processo licitatório por um período de 25 anos.
A expectativa é de que a conclusão das obras ocorra no primeiro trimestre deste ano. “Produzir carne de qualidade, atendendo à demanda de consumo local com possibilidade de expansão para outros estados. Para isso estamos atentos às exigências legais”, ressaltou o empresário Alexandre Demarchi.
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Ascom Seapa
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