Alagoas perde R$ 300 milhões em exportações em 2014

http://edivaldojunior.com.br/wp-content/uploads/2015/01/porto-de-maceio.jpgAlagoas perde R$ 300 milhões em exportações em 2014

O resultado nas exportações alagoanas de 2014 foi o pior desde 2005. É o que apontam os dados consolidados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).

No ano passado o faturamento com o comércio exterior chegou a US$ 629,4 milhões. Na comparação com as exportações de 2013, quando o faturamento chegou a US$ 742,2 milhões, o estado registrou variação negativa de -15,2% em sua balança comercial.

A queda no comércio exterior é reflexo da crise que atinge o setor sucroalcooleiro de Alagoas, responsável por mais de 98% das nas exportações do estado. A situação das usinas começou a piorar a partir da seca de 2012 e se agravou com a perda de  competitividade do etanol ante a gasolina.

Somente no ano passado Alagoas perdeu o equivalente a cerca de R$ 300 milhões por conta da queda nas exportações.  Esse é o volume de recursos que deixou de circular no estado e explica, em parte, a desativação de unidades industriais do setor canavieiro alagoano.

As perdas desde 2011, se considerado o valor exportado naquele ano como base de comparação, chegam a US$ 1,7 bilhão ou R$ 4,4 bilhões. É esse volume que deixou de circular no setor sucroalcooleiro e no estado nos últimos 3 anos.

Os reflexos da crise no setor canavieiro atingem não só as usinas, mas também cidades inteiras. Nos últimos três anos, segundo estimativas da Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Alagoas (Fetag/AL) e do Sindicato das Indústrias de Açúcar e Álcool de Alagoas (Sindaçúcar-AL) é de que o estado tenha perdido de 20 mil a 30 mil postos de trabalho na agroindústria canavieira, somente nos últimos três anos.

A recuperação do setor sucroalcooleiro depende da competitividade do etanol e, no caso de Alagoas em especial, de uma política fiscal que não penalize o setor. Atualmente Alagoas tem a maior carga tributária sobre o açúcar e o etanol entre todos estados produtores de cana do Brasil.

Por conta da sobrecarga tributária, Alagoas não consegue mais escoar sua produção no mercado interno e mais de 70% de sua produção vai para exportação.

O Sindaçúcar-AL aposta na volta da Cide, que vai elevar o preço da gasolina e tornar o etanol mais competitivo, e na atualização da legislação estadual: “queremos apenas que Alagoas pratique tarifas semelhantes a estados produtores mais próximos, a exemplo de Pernambuco,  Paraíba e Rio Grande do Norte”, resume o presidente do Sindicato, Pedro Robério Nogueira.

As tabelas preparadas pelo blog do Edivaldo Junior mostram a evolução da balança comercial em Alagoas.

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Redação

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