Fazenda identifica ações não usuais em operações do Governo passado

Secretário George Santoro afirma que gestão anterior só conseguiu manter em dia seus pagamentos por meio de mecanismos não usuais
Fazenda identifica ações não usuais em operações do Governo passado

Em constantes reuniões com a equipe técnica, desde que assumiu no dia 2 de janeiro, o secretário de Estado da Fazenda (Sefaz-AL), George Santoro, vem traçando um perfil da situação financeira de Alagoas e elegeu eliminar o déficit estrutural do Estado e reestruturar a Receita como prioridades de sua gestão.
Para isso, de acordo com Santoro, a equipe trabalha com dados dos últimos quatro anos. “Já identificamos que o Estado só conseguiu manter em dia seus pagamentos por meio de operações não usuais, operações que não são rotina de arrecadação. Chamaria de receitas extraordinárias”, disse Santoro.

O secretário identificou que o Estado tem um déficit estrutural de R$ 700 milhões (ou seja, o Estado precisava sempre fazer uma operação de crédito, algum empréstimo ou vender algum ativo para fechar as contas de custeio) e uma dívida financeira superior a R$ 330 milhões em compromissos a serem cumpridos ainda em janeiro.

“Vamos traçar um planejamento que possa ser eliminado em médio prazo, para que o Estado possa andar com suas próprias pernas e gerar uma margem para fazer investimento com recursos próprios”, disse.

A meta do novo secretário é fazer com que Alagoas seja reconhecido como um Estado que paga suas contas em dia, que cumpra a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), e que tenha boas avaliações de entidades nacionais e internacionais nas áreas de gestão fiscal e financeira.

“Com isso, acreditamos que vamos trazer empresários com interesse em investir no Estado, gerando emprego e renda. Queremos que o investidor tenha confiança no Estado. Que saiba que aqui, se ele vender para o governo, ele sabe que vai receber, com previsibilidade de pagamento”, destacou.

Com essas prioridades, o secretário vê um futuro promissor para Alagoas, inserido num contexto de crescimento sustentado de longo prazo.

Dívida pública

Sobre a dívida pública, o secretário revelou que está estudando os contratos para elaborar uma nota técnica e pautar uma discussão na Secretaria do Tesouro Nacional (STN), para fundamentar o entendimento da Sefaz sobre a situação. “Será importante que a regulamentação da Lei Complementar (LC) 148 leve em conta as características específicas dos contratos da dívida do Estado de Alagoas”, disse.

A LC 148 foi publicada no Diário Oficial da União em 26 de novembro e alterou a Lei Complementar 101 de 2000 (que estabelecia normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal).

Para compreender melhor a situação da dívida, na última segunda-feira, 5, o secretário percorreu setores da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), em Brasília, e se reuniu com o subsecretário de Relações Financeiras Intergovernamentais, Eduardo Coutinho, e com técnicos da coordenação-geral de Haveres Financeiros (Coafi) e da Coordenação-Geral das Relações e Análise Financeira dos Estados e Municípios (Corem).

“Esse assunto vai entrar na pauta de janeiro e a Fazenda foi se inteirar da posição oficial do Tesouro Nacional em relação aos números da dívida de Alagoas quanto à regulamentação da Lei Complementar 148”, disse Santoro.

O secretário elegeu eliminar o déficit estrutural do Estado e reestruturar a Receita como prioridades de sua gestão. Para isso, de acordo com Santoro, a equipe trabalha com dados dos últimos quatro anos.


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