Meninas de 11 a 13 anos ainda podem se vacinar contra o HPV

Meninas de 11 a 13 anos ainda podem se vacinar contra o HPV

Disponibilizada nas unidades de saúde da capital, a segunda dose da vacina contra o Papilomavírus Humano (HPV), destinada a meninas de 11 a 13 anos, continua a ser aplicada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI). A campanha para a segunda dose se encerrou no dia 03 de outubro de 2014, porém só atingiu o percentual de 56,85% de um total de 80%. Por isso, o Ministério da Saúde (MS) faz um chamamento para todos aqueles que ainda não garantiram a imunização, lembrando que a vacina é importante para a prevenção do câncer de colo de útero e infecções virais.

A coordenadora do PNI do município, Eunice Raquel Amorim, destaca a importância da vacina. “É essencial que as meninas de 11 a 13 garantam sua imunização, porém é bom lembrar que esse chamamento só é válido para aquelas que já tomaram a primeira dose e estão em falta com a segunda. Só completando o ciclo com três doses é que a menina estará de fato protegida”, explica.

A vacina contra o HPV é dividida em três doses. A primeira foi aplicada em março de 2014, a segunda em setembro, seis meses após a primeira, e a terceira, cinco anos após a primeira dose. Ao completar esse ciclo, a mulher estará imune ao vírus. Desde março de 2014, as vacinas estão disponíveis no calendário normal de vacinação do município.

Em março, o Ministério da Saúde vai lançar oficialmente, em escolas públicas, privadas e unidades de saúde, a campanha contra o HPV para um novo público alvo, meninas de 09 a 11 anos. Porém, aquelas que desejam garantir sua imunização antes desse período podem se dirigir até uma unidade de saúde mais próxima de sua residência, pois a vacina já se encontra disponível.

Quadrivalente, a vacina confere proteção contra quatro subtipos (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia. Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero em todo mundo e os subtipos 6 e 11 por 90% das verrugas anogenitais. Até o final deste ano, as estimativas apontam para a ocorrência de 15 mil novos casos de câncer de colo de útero e cerca de 4,8 mil óbitos por essa causa.

Na aplicação da primeira dose da vacina, o município de Maceió ultrapassou a meta preconizada pelo Ministério da Saúde que era de 80%, atingindo um percentual de 90,29%.

A doença

O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com a pele ou mucosas infectadas por meio de relações sexuais. Trata-se de um vírus que se transmite com muita facilidade, por isso considera-se que o HPV seja a infecção sexualmente transmitida mais comum no mundo, com quase todas as pessoas sexualmente ativas tendo contato com o vírus em algum momento da vida.

Na grande maioria, o HPV cura-se espontaneamente, mas em algumas mulheres eles produzem lesões que podem desencadear o câncer de colo do útero. O HPV também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. Estima-se que 270 mil mulheres no mundo morrem devido ao câncer de colo do útero. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 15 mil novos casos e de mais de 4,8 mil óbitos nesse ano.

A vacina, incluída no calendário de imunização do sistema público de saúde, se soma ao estímulo à realização do exame de Papanicolau – para mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos de idade – e ao uso do preservativo nas relações sexuais, como estratégias para reduzir a incidência desse tipo de câncer no país.

Ascom SMS

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