A Secretaria de Estado da Cultura (Secult) lançará, neste sábado (13) os cinco curtas metragens premiados no 3º edital Prêmio de Incentivo à Produção Audiovisual em Alagoas, aberto em 2013. O lançamento acontece durante a V Mostra Sururu de Cinema Alagoano, no Centro Cultural Arte Pajuçara, a partir das 19h30, com entrada franca.
Em sua terceira edição, o prêmio concedeu a cada selecionado o valor de R$ 30 mil para a produção de um curta com duração, entre 15 e 20 minutos. Os filmes contemplados pelo edital que farão suas estreias são “Dialetos”, de Weber Salles Bagetti; “Noturnas”, de Nivaldo Vasconcelos; “Atirou Para Matar”, do estreante Nuno Camilo Balduce Lindoso; “Guerreiros”, de Arilene Sandra Lyra de Castro e “Relicários de Zumba”, da diretora estreante Vera Lúcia S. Oliveira.
Dialetos (Animação, 15 min) – Dialetos é uma voz interior. Uma animação experimental de 15 minutos. Uma narrativa lírica que se impõe através de um fluxo de signos e imagens que representam o estado de uma alma inquieta. Memória, pensamento, matéria e espírito, começos e fins, eternos recomeços. Um exercício poético quadro a quadro, onde se misturam cenas cotidianas, citações, polifonia, sonhos e vazios de indivíduos em relação ao meio. Dialetos, vozes, comunicabilidade e incomunicabilidade. Uma dicção particular em observação de si e do outro em busca de uma expressão possível. Uma lupa subjetiva que revela o micro e o macro, o mundo, as coisas, em permanente estado de devir.
Noturna (Ficção, 16 min) – Era uma vez, não muito longe daqui, uma menina que vivia esperando pela noite, a única hora em que seu corpo podia pertencer a algum lugar.
Atirou Para Matar (Ficção, 15 min) – Sete pessoas se envolvem de diferentes formas em um crime de pistolagem: uma funcionária de uma pastelaria, um matador de aluguel, dois policiais, uma garçonete, um moto taxista e um jornalista.
Guerreiros (Documentário, 22 min) – Mestre Nivaldo Abdias, antes de morrer, pediu para sua família que não deixasse o guerreiro acabar. Campeão do Trenado é um dos poucos grupos que na noite de Natal sai peregrinando pelo Sertão alagoano. Eles não têm rota programada, não sabem onde vão se arranchar, se serão contratados pelas prefeituras, se terão dinheiro suficiente para os mantimentos ou quando e como voltarão para casa. Entre as dificuldades do caminho e o amor pelo folguedo, eles mantêm viva essa quase extinta tradição.
Relicários de Zumba (Documentário, 22 min) – Abdicando de assimilar as fantasias de um mundo imaginário, o pintor José Zumba buscou nos cenários naturais, em sua religiosidade e nas referências da cultura negra em Alagoas a inspiração para construir uma obra que hoje se destaca como um precioso registro – quase um relicário – da caminhada dos negros e mestiços alagoanos diante do processo histórico de exclusão a que tem sido submetidos. Em suas telas destacam-se figuras de negros imponentes, os folguedos populares e a natureza pintados com uma devoção quase mística.
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Agência Alagoas
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