RF ou Téo, quem fala a verdade sobre AL? Os dois estão certos, diz Vilela

RF ou Téo, quem fala a verdade sobre AL?  Os dois estão certos, diz Vilela

Os anúncios da campanha publicitária que marca o final da gestão de Teotonio Vilela na TV, passam uma mensagem de otimismo. A propaganda afirma que o governo superou dificuldades, deixando Alagoas pronta para colheita, depois de 8 anos de trabalho.

O governador Teotonio Vilela Filho avisa gosta de repetir que vai entregar o estado em ordem, sem atrasos de salários, pagamento de fornecedores em dia e com dezenas de obras concluídas, além de outras em andamento.

Em contrapartida, o governador eleito tem dito que vai enfrentar dificuldades e administrar a escassez. Renan Filho se prepara para uma gestão “dura”, cheia de desafios.

Que Alagoas teremos pela frente? A casa arrumada e o Estado pronto para avançar de Téo Vilela ou o governo com poucos recursos de e dificuldades de Renan Filho? Quem está certo?

Para Téo Vilela não há contradição entre a posição dele e a de Renan Filho.

Apesar entender que Renan Filho terá dificuldades – porque a arrecadação é baixa, porque não existe poupança interna e a expectativa é que 2015 seja um ano “duríssimo” por conta da crise nacional – ele é enfático a ao afirmar que “os dois estão certos”.

“O que digo é que as finanças estão em ordem, que vou passar o governo sem o estado dever nenhum centavo na praça, com salários em dia, 13º pago e financiamento do banco mundial engatilhado. São 375 milhões de reais para ele contratar nos primeiros dias de governo, para iniciar o ano trabalhando. O que digo é isso, mas o estado continua pobre. É um estado cheio de dificuldades, com muitos desafios pela frente, mas é um estado está arrumado. E porque ele diz que vai governar com a escassez? Porque é um estado onde a capacidade de investimento é zero, a poupança praticamente não existe, todo o dinheiro da arrecadação e do FPE é destinado a salários, municípios (ICMS), pagamento da dívida, custeio no limite, porque cortei ao máximo. Aí sobra uma nesga para as contrapartidas dos convênios federais e pronto”.

Vilela continua: “Então ele (Renan Filho) vai governar com a escassez e sobretudo num ano dificílimo que será 2015. A escassez será maior por conta crise nacional, não só para Alagoas, mas para o Brasil inteiro”.

Vilela reforça que não há conflito com o sucessor: “Ele está certo quando diz que vai governador com a escassez e eu estou certo quando digo que estou entregando o estado melhor do que quando recebi, que está com as contas arrumadas. Então não existe conflito na afirmação dele, de que vai governar com a escassez e a minha que estou entregando o estado com as contas arrumadas. As pessoas dizem que um dos dois está mentindo. Se ele vai governar com escassez é porque pegaria um estado desarrumado. Mas não é isso. Ele vai governar com escassez porque o estado é pobre e não vai ter sobra de dinheiro e não vai vir dinheiro fácil de fora…”

Para o governador, o seu sucessor pode recorrer a novos empréstimos para fazer investimentos: “Agora ele também vai ter uma vantagem que levei três anos para obter. Eu tive que fazer um ajuste fiscal para em três anos obter a capacidade de endividamento e poder tomar dinheiro emprestado. Eu vou entregar o estado para ele com um novo perfil da dívida e a capacidade de endividamento ficou muito ampliada. Ele vai poder não somente fazer esse empréstimo do Banco Mundial, mas tem margem para fazer outros empréstimos no Banco Mundial, BID, BNDES. É por ai que ele vai governar. Até porque ele não vai tão cedo contar com poupança interna para investimento, essa poupança é para fazer contrapartida dos convênios e acabou”. EJ

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Redação

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