Mesmo sendo referência para atender vítimas de traumas, o Hospital Geral do Estado (HGE) contabiliza um grande número de atendimentos a pessoas acometidas por Acidente Vascular Cerebral (AVC), pneumonia e diabetes, que, segundo balanço realizado pela gerência médica, são as doenças responsáveis pelo maior número de mortes na unidade. Para se ter ideia, segundo os dados do Serviço de Arquivo Médico e Estatístico (Same), até outubro de 2014, o AVC lidera a taxa de óbitos com 340 vítimas, sendo seguido pela pneumonia, com 337, e pelo diabetes, com 99 casos.
Ainda de acordo com a gerência médica do HGE, o politrauma e o trauma crânio encefálico são os maiores agravantes da mortalidade por trauma e encontram-se, respectivamente, na sétima e na nona colocações, com 60 e 51 óbitos. A gerente médica Lorella Chiappetta explicou que os cuidados básicos de saúde precisam ser mais observados pelas pessoas, com a periodicidade recomendada.
“Apesar de ser referência em trauma, o HGE registra mais óbitos relacionados a casos clínicos. Muitos pacientes só sabem que estão com diabetes quando tem uma ferida que não cicatriza ou, no caso da pressão arterial, quando tem um AVC. É necessário fazer o acompanhamento nos postos de saúde regularmente e realizar exames anualmente”, orientou.
Gravidade das doenças
De acordo com Lorella, as causas do derrame cerebral variam de pessoa para pessoa, podendo atingir qualquer faixa etária. Apesar de afetar, na sua maioria, idosos, existe no Estado um elevado percentual de pacientes acometidos pelo AVC antes dos 60 anos. Provavelmente relacionado à falta do controle da hipertensão arterial.
A transmissão da pneumonia pode ocorrer por contato direto com secreções infecciosas. Mas, diferentemente do vírus da gripe, que é altamente contagioso, os agentes infecciosos da pneumonia não costumam ser transmitidos facilmente. “A pneumonia é uma das principais causas de morte entre idosos e pessoas cronicamente doentes, mas podem afetar todas as faixas etárias”, alertou a médica.
Segundo Lorella, algumas pessoas apresentam maior predisposição do que outras diante da doença. “Pessoas que fazem uso de bebida alcoólica ou fumam e que apresentam insuficiência cardíaca ou doença pulmonar obstrutiva crônica, além de crianças, pessoas idosas, moradores de rua, abrigos e asilos, fazem parte deste grupo”.
Já o diabetes mellitus pode ter graves consequências tanto com quadros agudos, como a cetoacidose diabética. O pé diabético é uma delas e pode levar a uma amputação, dependendo da gravidade da doença.
Prevenção
Para a médica, é preciso, além dos cuidados de Atenção Básica, o acompanhamento e controle de doenças crônicas como hipertensão arterial, diabetes e colesterol elevado. Também é necessário investir na reeducação alimentar e na prática de atividade física.
“A associação dos cuidados com especialistas, com a prática regular de exercícios físicos e uma alimentação equilibrada, com redução do sal e do açúcar, além de boa hidratação com a ingestão de água, é imprescindível para manter-se saudável”, orientou.
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Agência Alagoas
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