Estudantes e professores de escolas públicas da rede estadual apresentaram na última sexta-feira (28), no ginásio da Escola Moreira e Silva, no Cepa, um painel interdisciplinar com 28 pesquisas científicas nas áreas das ciências da natureza: biologia, química, matemática e física. A ação fez parte da segunda edição da Feira de Ciências do Estado de Alagoas (Feceal).
O encontro, que é uma iniciativa da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (SEE), através da Superintendência de Políticas Educacionais (Suped) e do Centro de Ciências e Tecnologia da Educação (Cecite), sob a coordenação do Laboratório de Ciências da Natureza (LCN), tem como objetivo à iniciação científica de estudantes da educação básica.
De acordo com a professora de biologia e membro da equipe organizadora, Rita de Cássia de Almeida, o tema deste ano – Ideias que geram conhecimento para um futuro melhor – tem a pretensão de divulgar os trabalhos desenvolvidos por alunos em sala de aula, despertar o interesse pelas ciências, pela pesquisa e valorizar essas experiências. “Nosso desejo é que estes alunos percebam, a partir dos seus próprios estudos, suas pesquisas, eles conseguirão galgar um futuro melhor, como a carreira acadêmica”, declarou Rita de Cássia.
Além das exposições, a feira teve como outras atrações sessões de visitação ao Planetário, com exposições de “paisagens cósmicas” e dos trabalhos do Inicia 2014 – Iniciação Científica em Astronomia, realizado pelo Observatório Astronômico Genival Leite Lima (OAGLL), além da apresentação da peça Meio Ambiente e Sustentabilidade, com os quatro elementos da natureza, encenada pelos alunos da escola estadual Judite Nascimento, de Messias.
Premiação
Segundo a equipe organizadora, todos os participantes da Feceal – professores orientadores e alunos – receberão medalhas e certificados pela participação e serão reconhecidos os três melhores trabalhos da mostra, que serão contemplados com tablets.
Farão parte da comissão julgadora professores convidados de instituições parceiras como o Instituto Federal de Alagoas (Ifal), do Centro Universitário Cesmac e da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), além de técnicos pedagógicos da SEE.
Dentre os critérios de avaliação, serão julgados o uso da metodologia científica e pedagógica, a clareza e objetividade na exposição, o conhecimento do problema abordado, organização da equipe e o aspecto visual do pôster.
Iniciativa aprovada
Em sua segunda edição, a Feceal mostra que vem ganhando adeptos a cada ano por parte da comunidade escolar. Professores e alunos reconhecem a importância do event, conforma afirma o professor de química Amauri dos Santos, da Escola Estadual Ana Lins, da 2ª Coordenadoria Regional de Educação, de São Miguel dos Campos, que apresentou quatro trabalhos para a exposição.
“Temos que parabenizar a todos os envolvidos neste projeto tão rico, pois é um marco importantíssimo para a comunidade escolar. É fundamental para estes alunos iniciarem o quanto antes essas experiências, saber organizar ideias e informações e, principalmente, torná-las ativas junto à sociedade, estimulando cada vez mais o desenvolvimento de novas pesquisas”, ressalta.
Os alunos também se mostraram bastante motivados com suas pesquisas e tiveram a oportunidade de interagir entre si. Muitos já inscreveram seus trabalhos em outras feiras de âmbito nacional. “Este é o nosso segundo projeto na Feceal. No ano passado também participamos. Muito interessante descobrir como elementos do nosso cotidiano, muitas vezes descartados, podem ser tão ricos para nós e para nosso meio ambiente”, explicaram os estudantes Bruno de Góes e Francisco Correia, da Escola Estadual Nossa Senhora da Conceição, do município de Lagoa da Canoa, pertencente à 5ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), de Arapiraca, que expuseram sobre o aproveitamento do caroço do abacate na produção de sabonetes e mertiolate natural.
Outro trabalho sobre a reutilização de elementos da natureza foi exposto pelas alunas Keyla Barros e Deydiane Anjos, da Escola Estadual Professor José Sena Dias, da 11ª CRE, de Piranhas, sobre o Umbu como dessalinizador caseiro, pesquisa feita a partir de uma tese de mestrado da Universidade Federal da Bahia (Ufba).
“Nós moramos numa região que sofre constantemente com a falta de água. Muitas família utilizam água salobra para o consumo e com isso adoecem constantemente. Nossa pesquisa, já difundida e utilizada pela comunidade local, mostrou como reaproveitar essa água a partir desse preparo que é feito com o caroço do umbu, uma fruta presente na região, sobretudo no período de dezembro a março. Uma coisa simples e ajuda a todos”, comemoram.
Participaram desta segunda edição do feceal escolas de CREs da capital (1ª, 13ª e 15ª); 2ª CRE – São Miguel dos Campos; 3ª CRE – Palmeira dos Índios; 4ª CRE – Cajueiro; 5ª Cre – Arapiraca; 10ª CRE – Porto Calvo; 11ª CRE – Piranhas; e 12ª CRE – Rio Largo.
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Ascom SEE/AL
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