O clima de “paz e amor” que marcou, até agora, os trabalhos da transição do governo pode azedar nos próximos dias. Não pelo relacionamento entre os governadores. Teotonio Vilela Filho e Renan Filho continuam se tratando com muita cordialidade. Mas pode ser que isso mude assim que o governador eleito anunciar as primeiras medidas da nova gestão.
Isso porque o começo do novo governo, janeiro, deve ser marcado por auditorias “profundas” e revisões de contratos.
Renan Filho já avisou aos mais próximos que quer passar um pente fino na folha de pagamento dos servidores, que hoje representa quase 50% das despesas do estado.
O governador eleito também já avisou sua equipe que vai querer rever todos os contratos e licitações realizados desde 2013, pelo menos.
O critério será mais rigoroso nas maiores secretarias, especialmente Educação, Saúde e Infraestrutura.
A ordem é analisar os contratos e fazer uma auditoria mais detalhada nas licitações destes órgãos.
Em parte a decisão ganhou força depois que Renan Filho tomou conhecimento da aplicação de recursos em obras que estão em andamento. O governador eleito não gostou de saber que o atual governo usou recursos previstos no Proinveste, empréstimo feito junto ao BNDES, de mais de R$ 611 milhões para outros fins, além dos previstos.
Inicialmente o Proinvest deveria contemplar obras como a construção do Hospital Metropolitano de Maceió, Centros de Diagnósticos de Saúde, Escolas, universidades e afins, além de estradas. “Todavia o que ocorreu até agora foi a aplicação em recapeamento de vias de tráfego e acessos rodoviários, em detrimento de outros projetos que poderiam ser de maior interesse da sociedade”, disse um dos integrantes da Equipe de Transição. EJ