Alguns projetos de Alagoas servem, hoje, de modelo para outros estados. É o caso, por exemplo, do sistema de registro de empresas, o Facilita Alagoas, ou a lei de incentivos fiscais, o Prodesin.
Esses casos em que o estado é um modelo a ser seguindo, no entanto, ainda são considerados exceções. A regra, até por conta de sua baixa capacidade de investimentos, é que Alagoas vá buscar em outros estados modelos, projetos e soluções para aplicar em diversos setores.
Talvez por isso o governador eleito tenha decidido percorrer alguns estados do Brasil para conhecer experiências que vem dando certo em setores como segurança, saúde e educação. A ideia é trazer na bagagem de volta bons projetos que podem – ou não – ser implantados em Alagoas.
“É importante conhecer soluções que estão dando certo em outros estados, modelos que poderemos adotar. Quero o melhor para Alagoas e para isso sairei em busca de projetos e de ideias que ajudem resolver nossos problemas e a desenvolver nosso estado”, diz Renan Filho.
É claro que não basta copiar os projetos. As vezes o dá certo num estado, não funciona no outro. Um bom exemplo é o programa do milho, lançado em Alagoas no começo dos anos 90. O programa começou bem e logo virou modelo para Sergipe, que veio buscar aqui inspiração para a produção do grão.
Em Alagoas, o programa do milho desandou e hoje o estado produz menos de 50 mil toneladas por safra. Em Sergipe, o programa deu certo e a produção, passados pouco mais dez anos, gira tem 800 mil toneladas e um milhão de toneladas.
Para dar certo, qualquer modelo trazido de outros estados terá de ser adaptado à nossa realidade. O governador eleito está consciente dessa premissa. Resta saber se ele conseguirá acertar nas escolhas. EJ