Analfabetismo, taxa de homicídios, mortalidade infantil, população urbana e rural, Produto Interno Bruto, estabelecimentos de saúde e até o número de agências bancárias existentes no Estado e em seus municípios. Esses são apenas alguns dados que constam no Anuário Estatístico de Alagoas, que acaba de ser atualizado com o lançamento de sua 20ª edição, que inclui dados e informações sobre Alagoas, suas cidades e regiões relativos até o ano de 2013.
A publicação, de responsabilidade da Secretaria do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico de Alagoas (Seplande), revela, por exemplo, que até 2013 Alagoas tinha 200 agências bancárias em funcionamento, sendo 74 (ou 37%) apenas em Maceió. A segunda maior cidade do Estado, Arapiraca, tem apenas 11 agências bancárias enquanto 44 cidades do Estado (os menores municípios, principalmente) não tem nenhuma agência bancária. O Banco do Brasil, com 71 agências, tem maior presença em Alagoas, seguido da Caixa Econômica, com 46 e Banco do Nordeste, com 11. Os bancos privados, principalmente Bradesco e Itaú, tinham 72 agências bancárias no Estado até 2013.
O Anuário Estatístico também mostra quanto cada município de Alagoas recebeu de transferências constitucionais em 2013. Nesses tempos de crise os dados oficiais mostram que a choradeira de alguns prefeitos pode ser exagerada. Os repasses de FPM para os 102 municípios de Alagoas somaram R$ 1,399 bilhão em 2013, um crescimento de 7% quando comparado ao volume transferido em 2012, que foi de R$ 1,303 bilhão. O total de repasses constitucionais federais, incluindo o Fundeb, foi de R$ 2,743 bilhões, em alta também de 7% na comparação com os R$ 2,555 bilhões repassados para as 102 cidades de Alagoas em 2012.
Os repasses de recursos estão aumentando, portanto, ano após ano, ligeiramente acima da inflação. talvez seja o caso das prefeituras iniciarem um programa de controle de gastos.
Ensino médio: a força do Estado
Apesar das dificuldades, a rede pública de educação do Estado continua exercendo papel fundamental no ensino médio em Alagoas. De acordo com o anuário estatístico dos 129 mil alunos do ensino médio mais de 105 mil alunos, o que corresponde 81% do total, estavam matriculados em escolas estaduais em 2013, enquanto 18,6 mil alunos estavam matriculados em escolas privadas e 5,6 mil em escolas federais.
O anuário revela, ainda, que a única escola municipal de ensino médio de Alagoas funciona em Igaci e tinha 164 alunos em 2013. Na capital dos 35.153 alunos matriculados no ensino médio em 2013, 1.868 estavam em escolas federais, 11.940 em escolas privadas e 21.705 em escolas da rede estadual. O anuário revela que as escolas públicas continuam tendo papel fundamental na formação dos alunos na faixa do ensino médio
Já a Educação profissional – nível técnico tinha 1.075 alunos em escolas federais, 598 em escolas estaduais e 3.199 em escolas privadas, totalizando 4.872 alunos em 2013.
A Publicação está disponibilizada no Portal Alagoas em Dados e Informações ou através deste link http://dados.al.gov.br/dataset/anuario-estatistico-do-estado-de-alagoas
Ensino superior: o domínio da capital
Em 2012, de acordo com dados do Anuário Estatístico, Alagoas tinha 74.694 alunos em cursos presenciais de ensino superior. Do total, apenas 25% ou 18.968 alunos estudavam em cidades do interior, enquanto os demais 55.726 alunos (75%) estudavam em faculdades ou universidades de Maceió. Na prática, de cada 4 alunos do ensino superior matriculados em Alagoas, 3 estudam na capital e um em alguma cidade do interior.
Entre os alunos de nível superior 36.118 estudavam instituições públicas, sendo 27.477 em instituições federais e 8.641 em instituições estaduais.
Em 2013 as instituições privadas de ensino superior tinham 38.576 alunos matriculados, sendo 33,6 mil na capital e 4,9 mil no interior. A interiorização do ensino superior fica por conta da força das instituições públicas que tinham 14.018 alunos matriculados em cidades do interior em 2013 e 22.100 em Maceió, num percentual de 38% no interior e 62% na capital, enquanto nas instituições privadas essa relação é de 12% de alunos no interior e 88% na capital.
A Agência Alagoas divulgou texto sobre o anuário. Veja o texto:
Anuário Estatístico do Estado de Alagoas é lançado
Nesta terça-feira (28), foi lançada a 20º edição do Anuário Estatístico do Estado de Alagoas. A publicação faz um levantamento detalhado dos municípios do Estado e visa garantir o acesso às informações embasadas em dados estatísticos. O documento está disponibilizado no Portal Alagoas em Dados e Informações, dados.al.gov.br.
Apresentando os dados de 2013, o anuário contempla aspectos diversos nas áreas de geografia, demografia, educação, saúde, saneamento, segurança pública, movimento eleitoral, mercado de trabalho, atividades agropecuárias, atividades industriais, serviços, finanças, comércio de bens, instituições financeiras e sistema de contas.
“Procuramos disponibilizar os dados mais atuais para dar uma informação mais segura aos usuários do Portal, que já possui um público composto, basicamente, por acadêmicos que estão em busca de informações para produção de pesquisas”, comenta o editor do documento, Gilvandro Freitas, gerente de Estatísticas da Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande).
A grande novidade da publicação está na disposição das informações, que, agora, seguem o padrão do Portal. “Organizamos todos os dados da publicação por ordem alfabética, e não mais por mesorregião, como na anterior. Assim, o usuário sabe exatamente o que e onde procurar, extraindo o máximo de informações que precisa de forma clara e objetiva”, explica Gilvandro.
O Anuário Estatístico do Estado de Alagoas é resultado do esforço da Superintendência de Produção da Informação e do Conhecimento (Sinc) da Seplande.
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