Arranjos Produtivos Locais transformam realidade de pequenos produtores

Mais de 20 mil trabalhadores são beneficiados em 88 municípios das diversas regiões do Estado
Arranjos Produtivos Locais transformam realidade de pequenos produtores

Alagoas é hoje uma referência nacional no apoio às cooperativas e associações de diversos segmentos produtivos, por meio do Programa de Arranjos Produtivos Locais (PAPL). Coordenado pela Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande) e o Sebrae, o programa tem por finalidade fomentar e promover a inclusão social de pequenos produtores, por meio da geração de ocupação e renda, bem como de políticas voltadas para o desenvolvimento regional.

Juntos, os dois órgãos estabeleceram critérios para definição dos Arranjos, de acordo com a proximidade geográfica entre os atores locais, o agrupamento de diversos agentes e a identificação da atividade produtiva de grupo de empresas ou indivíduos em determinada região que exercem as mesmas atividades econômicas ou afins.

Cabe à Seplande promover a articulação das diversas secretarias executivas, que têm participado desde a estruturação do programa, integrando as ações com os demais parceiros públicos e privados. A cada quatro meses, a Secretaria sedia a reunião do Conselho Deliberativo do PAPL para acompanhar o balanço dos principais avanços do programa. O encontro é presidido pela secretária Poliana Santana e conta com a participação de todos os representantes dos arranjos.

Um ano após a implantação do projeto, em 2004, o programa contava com apenas dez APLs e atendia 2.295 pessoas. Nos últimos dez anos, a ação foi intensificada pelo Governo do Estado, em conjunto com demais instituições parceiras, aumentando para 18 o número de Arranjos, cujas áreas estão divididas em agronegócio, turismo, indústria e serviços. Hoje, 20.279 trabalhadores são beneficiados em 88 municípios alagoanos.

“Desde a implantação do Programa de Arranjos Produtivos Locais, muitos avanços já foram feitos em diversos setores produtivos do Estado. Os microempresários e pequenos produtores puderam aperfeiçoar técnicas de produção, participar de rodada de negócios e feiras nacionais e internacionais, ações que contribuíram significativamente para a profissionalização e aumento da produção”, avaliou a secretária de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico, Poliana Santana.

Móveis

O fortalecimento da produção de madeira e móveis em Arapiraca e Palmeira dos Índios é um dos resultados conquistados com a assistência do programa. Embora exista há 60 anos na região, a produção era rudimentar, com número de moveleiros reduzido. Hoje, o APL Móveis no Agreste atende 55 microempresários com capacitações, políticas de incentivo e assistência técnica para estimular a produção de móveis planejados com design atrativo. O aperfeiçoamento das peças agregou valor ao produto e pode ser comprovado durante a exposição em importantes eventos do segmento, como a 4ª Mostra do Decoragreste e a edição da Casa Cor em Alagoas, que projetaram a atividade moveleira alagoana em nível nacional e internacional.

Atualmente, cerca de 800 pessoas trabalham formalmente na região Agreste, produzindo estofados, móveis em madeira, metal, mármore/granito e esquadrias. Esse número tende a aumentar com a consolidação das empresas no Povo Moveleiro Nascimento Leão, em Arapiraca, e a chegada do Polo Multissetorial de Palmeira dos Índios, que incluirá o segmento no complexo industrial.

Fruticultura

Outro setor que cresceu no Estado foi a cadeia produtiva da laranja. Produzida há mais de 50 anos no Vale do Mundaú, a fruta tornou-se uma importante fonte de renda para milhares de agricultores da região, principalmente após o fortalecimento da cadeia, através do fomento às associações e cooperativas pelo APL Fruticultura no Vale do Mundaú. Hoje, Alagoas é o terceiro maior produtor de laranja do Nordeste e, proporcionalmente, o maior produtor de laranja lima do País.

O APL destaca-se ainda por ser pioneiro na produção de laranja lima orgânica, atuando hoje com 30 produtores certificados. O Arranjo é formado por 33 empreendimentos agrícolas, sendo três cooperativas, 29 associações e um instituto, que juntos totalizam 1.171 produtores de laranja e banana, distribuídos em cinco municípios integrantes da região.

Ovinos e Caprinos

Graças à atuação do programa, a criação de ovelhas e cabras também alcançaram recordes de produção no APL Ovinocaprinocutlura no Sertão. Composto de seis associações e cinco cooperativas, o Arranjo atende 817 alagoanos, entre produtores e empregados no ramo pecuário. Carne, couro, leite e produtos cosméticos, como o sabonete, estão entre os principais produtos do segmento.


Agência Alagoas

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