Deputados não atendem prefeitos, diz Associação dos Municípios Alagoanos

Mobilização de gestores em Brasília termina sem resultados práticos
Deputados não atendem prefeitos, diz Associação dos Municípios Alagoanos

Os mais de 100 prefeitos presentes à mobilização permanente convocada pela CNM, que estiveram representados nesta terça e quarta-feira, em Brasília, retornam ao Distrito Federal, na próxima semana, período em que tentarão se articular junto aos deputados, a fim de colocarem na pauta de votação o reajuste de 1 por cento no Fundo de Participação dos Municípios (FPM), já aprovado pelo Senado e, também, o critério de reajuste do piso salarial dos professores.

Representado pelo presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), o prefeito de Pão de Açúcar, Jorge Dantas, o estado de Alagoas participou de todas as reuniões, audiências e discussões em torno das Medidas Provisórias números 651 e 652, que aconteceram no Senado Federal, nesta quarta-feira.

A emenda que sugeria a prorrogação do prazo para o cumprimento da Lei dos Resíduos Sólidos não foi acatada na Medida Provisória (MP) 651/2014. A reunião da Comissão Mista que analisa a matéria ocorreu às 11 horas desta quarta-feira, 8 de outubro. Durante a Mobilização Permanente, alguns prefeitos acompanharam a reunião e saíram insatisfeitos. Depois do resultado, o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, fez um balanço do encontro.

De acordo com Ziulkoski, a estratégia agora é tentar a aprovação da emenda que também foi sugerida na MP 652/2014. No caso da 651, o presidente da Comissão, senador Romero Jucá (PMDB-RR) concedeu pedido de vistas por 24 horas. Portanto, amanhã, dia 9, às 11, o grupo volta a se reunir. Mesmo assim, o trabalho da CNM agora é voltado para a Medida 652. Mais tempo para que os governos municipais cumpram a Política Nacional de Resíduos sólidos (PNRS) é uma das bandeiras do movimento durante as últimas mobilizações.

Quanto ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM), a votação em plenário foi inviável. Na noite de ontem, dia 7, o quórum em plenário ocorreu por volta das 23 horas, mas não houve votações significantes. Nesta quarta, ainda não se sabe se haverá sessão deliberativa. O clima de segundo turno é forte e muitos deputados não compareceram na Câmara esta semana. Para a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 426/2014, que eleva o Fundo em 1%, é preciso votação em dois turnos pelo pleno da Casa.

No caso do piso dos professores, Ziulkoski explicou aos prefeitos que a presença deles ajuda a reforçar a pauta e pressionar o parlamento. No entanto, neste momento de eleições, nenhum parlamentar vai acatar esta “briga”. O Projeto de Lei (PL) 3.776/2008 também aguarda votação no Plenário da Câmara.

“Sobre o 1%, já é uma questão segura. Não tem ninguém contra. O compromisso deles é votar quando houver quórum. É ter a oportunidade de votar. Lógico que temos que ficar em cima, porque votar antes do dia 26 [data do segundo turno] é melhor. Eu vejo possibilidade concreta de se conseguir o FPM e a prorrogação. A questão do piso é um pouco mais delicada neste momento. Mas, sempre que se vem um grupo bom não se consegue tudo, mas se anda no processo.”, avaliou Ziulkoski.


ASCOM AMA com Agência CNM

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Redação

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