A Granbio entra em operação em escala comercial oferecendo ao mercado consumidor um etanol anidro de segunda geração com alto grau de pureza. Obtido já na primeira fase de produção, o etanol recebeu a certificação da Agência Nacional de Petróleo (ANP).
O etanol, que é produzido pela tecnologia de Segunda Geração (2G) ou também conhecido como álcool celulósico, é oriundo da palha e ou do bagaço da cana-de-açúcar. A Bio Flex 1, a primeira fábrica de etanol de segunda geração do hemisfério sul, foi construída pela Granbio, no município de São Miguel dos Campos, entrando em operação em setembro passado.
“É um álcool que faz história. Pela primeira vez estamos produzindo etanol com a tecnologia de segunda geração. Essa produção muda à história da produção do etanol no Brasil e a história do setor sucroenergético”, declarou Manoel Carnaúba, diretor da Granbio.
De acordo com Carnaúba, a palha que antes era deixada no campo após o corte da cana agora é colhida e levada para a indústria, sendo extraídos os açúcares que estão na celulose e transformados, após um processo químico com coquetel de enzimas e de leveduras, em etanol de segunda geração. “O que era resíduo passa a ser a nossa matéria-prima na produção de etanol”, afirmou Carnaúba.
A expectativa da indústria é operar em escala comercial, a partir de outubro, com uma produção de um milhão de litros de etanol, evoluindo para oito milhões até o primeiro trimestre de 2015.
“Com isso, nossa expectativa é que possamos funcionar durante quase todo o ano. Nesse primeiro ano, devemos operar por 11 meses. Por isso, estamos colhendo e estocando palha para utilizar durante a entressafra. E com a parceria com a Caeté vamos ter uma fonte de bagaço”, afirmou Carnaúba.
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