Aliança de Biu e Alexandre com Téo Vilela é lembrada no guia eleitoral

Aliança de Biu e Alexandre com Téo Vilela é lembrada no guia eleitoral

No jogo da política, o candidato da ‘situação’ carrega sempre o ônus de ser governo.  Dependendo da aprovação ou desaprovação da gestão, a fatura vem na forma de rejeição, perda de apoio e de votos.

Em contrapartida, o candidato governista tem compensações. O bônus vem em “detalhes” como a maior capacidade de financiamento da campanha, na força da nomeação de amigos e aliados para cargos comissionados e no poder de pressão e “convencimento” de lideranças do interior.

Para quem é da oposição, resta como estratégia atuar nos desgastes e brechas do grupo que está no governo. Quanto maior a insatisfação com serviços como educação,  saúde e segurança, maiores são as chances de um candidato oposicionista vencer.

Dos oito candidatos a governador de Alagoas, sete estão com sua identidade política, com o “lado” definido. Apenas – Júlio Cezar, do PSDB – defende o governo. Os outros seis candidatos fazem oposição declarada a Teotonio Vilela Filho.

A exceção fica por conta da coligação “Juntos Com o Povo pela Melhoria de Alagoas”. A chapa majoritária formada pelos candidatos Benedito de Lira, do PP, e Alexandre Toledo, do PSB.

Os candidatos a governador e a vice faziam parte do governo e tentavam o apoio de Téo Vilela até maio deste ano. O rompimento foi recente demais para que conseguissem se identificar como “oposição” ou como “governo”.

Para piorar o cenário, Benedito de Lira e Alexandre Toledo estão sendo “cobrados” no guia eleitoral a assumir a responsabilidade por suas gestões (direta ou através de indicações) na Saúde e na Educação – justamente as áreas onde a avaliação do governo Vilela é pior. Nesta sexta-feira, 29, essa “aliança” foi lembrada no programas do PEN, pelo Coronel Adroaldo, que mostra Biu dançando ao lado de Téo Vilela e também no programa do PMDB. Uma personagem mostra recortes de jornal e lembra que Biu e Alexandre eram os responsáveis pela Saúde e Educação no governo de Vilela.

A guerra “ideológica” está sendo travada no guia eleitoral e nas redes sociais. Se não conseguir um argumento convincente até a eleição, a chapa de Biu e Alexandre sofrerá o ônus – sem o bônus – de ser governo.

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Redação

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