Já está mais do que na hora da Polícia Federal investigar o comércio de votos em Alagoas. O alerta é do deputado federal João Caldas, SD-AL. “A cada momento temos notícias das negociatas. É 300 mil para um prefeito, 100 mil para um vereador, 50 mil para um cabo eleitoral”, denuncia.
De acordo com Caldas, o comércio eleitoral torna a eleição de Alagoas numa das mais caras do Brasil. “Os gastos oficiais estão praticamente iguais a de grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro”, avalia.
O preço do voto, pago ao eleitor no estado, na base do “cadastro” está tabelado em R$ 100 Caldas. “Isso é uma vergonha. O voto está na prateleira. Se continuar assim o candidato vai receber o diploma no TRE e na hora do discurso mostrar o documento e dizer, é meu, eu comprei”.
O eleitor se vende por 6 centavos
Pior do quem compra, acredita Caldas, é quem vende o voto: “o eleitor que negocia seu voto por R$ 100, vai receber, na verdade, um valor de 6 centavos por dia de mandato do candidato eleito. Na hora que ele precisar de saúde, escola ou segurança os 6 centavos não vão dar sequer para ele mandar um SMS cobrando a atuação do político. É uma pena que as pessoas ainda venda a sua consciência”, lamenta.