Depuradora de ostras de Alagoas é pioneira na Região Nordeste

Depuradora de ostras de Alagoas é pioneira na Região Nordeste

Molusco muito apreciado na região litorânea, a ostra passou a ter em Alagoas um trato mais refinado no seu preparo como prato. Fruto de parceria entre o Governo do Estado e a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (Aecid), Coruripe foi a primeira cidade nordestina a abrigar uma depuradora de ostras, que serve como fonte de renda para centenas de produtores e garante que a iguaria chegue 100% saudável à mesa dos consumidores.

Com a implantação da depuradora, todo o pescado apurado pelos produtores passa a ter comercialização garantida, fazendo com que as rendas familiares sejam complementadas.

“Para nós, é um verdadeiro privilégio. Vivemos da ostra há pelo menos 14 anos, e é dela que retiramos todo o nosso sustento. Da ostra fizemos nossas casas, e dela conseguimos comprar remédios, por exemplo”, afirma a produtora Adriana de Almeida, do povoado Palateia, na Barra de São Miguel. “Por isso, devemos muito à nossa produção”.

Mudança de realidade

Segundo o produtor José Nino, que também vive do comércio do molusco, quando a produção não era totalmente comercializada, o que sobrava acabava indo para o lixo, comprometendo o rendimento mensal das famílias. Com a depuradora, essa situação mudou.

“Nós sempre vamos para as praias, vender as ostras no varejo. Muitas vezes, quando não tínhamos um bom dia de comércio, precisávamos dar fim às ostras, que têm vida curta se não forem bem tratadas e armazenadas”, conta José Nino. “Com a depuradora, passamos a ter um complemento, pois aquilo que não é vendido diretamente aos clientes passa para lá. Todos saem ganhando”, reconhece.

Credibilidade

A depuradora de ostras de Coruripe atua no abastecimento, recebimento e fornecimento de toda a Cadeia Produtiva do molusco no estado, que abrange as cidades de Roteiro, Barra de São Miguel, Barra de Santo Antônio, Passo do Camaragibe e Porto de Pedras. Por se tratar de um molusco filtrador, o preparo correto da ostra é essencial para que ela chegue, com segurança, no prato daqueles que vão saboreá-la. Em virtude da depuradora, diversos restaurantes passaram a investir ainda mais no molusco.

“A segurança transmitida pela depuradora, aliada aos cuidados que os restaurantes devem ter, seguindo as normas da Vigilância Sanitária, dão mais credibilidade ao produto, que passou a ser mais consumido por aqui. A ostra se tornou uma espécie de atração, o consumo aumentou, e a expectativa é que continue crescendo”, afirma o chef Jonathas Moreira, que serve o prato no restaurante da família, em Maceió.

Agência Alagoas

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Redação

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