Telecentro leva inclusão digital à comunidade do Sítio São Jorge

Telecentro leva inclusão digital à comunidade do Sítio São Jorge

A comunidade do Sítio São Jorge dispõe, desde quarta-feira, 18, de um telecentro, que vai oferecer cursos de informática básica, com turmas para jovens e adultos, de segunda a quinta-feira, das 14 às 15h30. Instalado na Associação Dorcas Alagoas, o telecentro também disponibiliza internet para a comunidade da região. Todos os serviços são gratuitos. A solenidade de inauguração foi comandada pelo secretário da Ciência, Tecnologia e Inovação de Alagoas, Eduardo Setton, e contou com a presença da equipe de Inclusão Digital da Secretaria, além de representante da associação e da comunidade.

Este é o 54º telecentro inaugurado no Estado e o 21º em Maceió. O serviço integra o Programa Alagoano de Inclusão Digital, coordenado pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Inovação de Alagoas (Secti), em parceria com o Governo Federal, e compõe as ações estratégicas da secretaria no Programa Alagoas Tem Pressa, do Governo do Estado.

Há dez anos a Associação Dorcas Alagoas presta trabalhos comunitários, juntamente com a Igreja Evangélica Ministério Pesqueiro, tais como assistência a moradores de rua, atendimento médico, aulas de música, artesanato, dentre outros.

“É muito bom ter um telecentro aqui. Será mais um instrumento a serviço da população atendida pela associação. Essa é uma oportunidade para o nosso pessoal se capacitar”, disse o presidente da entidade, Josenilton Gomes da Silva. Segundo ele, a entidade tem um cadastro de duas mil famílias de baixa renda da região na qual está localizada, que devem ser beneficiadas com os serviços do telecentro.

A monitora do telecentro, Debora Ferreira Gomes da Silva, 20, estudante de Publicidade, acredita estar pronta para ministrar as aulas de informática básica, pois, segundo ela, passou por várias capacitações. Uma delas foi realizada no Núcleo de Inclusão Digital (NID), uma plataforma online ligada ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ). Durante a capacitação, Debora aprendeu os fundamentos e técnicas da inclusão digital e a integração com projetos sociais na comunidade.

“Sei que vou ajudar meus alunos a vencer barreiras e acreditar que são capazes. O telecentro é uma ótima chance para que se capacitem ao mercado de trabalho e aprendam a lidar com o mundo cibernético”, afirma Debora.

A estudante Daiane Alves da Silva, 12, não tem computador em casa. Quando precisa fazer uma pesquisa para a escola pede a ajuda da irmã mais velha, que utiliza o computador em lan house. Ela aguarda ansiosa a vez de cursar informática no novo telecentro, logo que abrir novas turmas. “Quero aprender muitas coisas boas que eu sei que existem na internet”, disse Daiane, que sonha em ser médica.

O secretário da Ciência, Tecnologia e Inovação de Alagoas, Eduardo Setton, aproveitou a oportunidade para lembrar aos jovens presentes à inauguração o quanto é importante não deixar escapar nenhuma oportunidade, e citou o exemplo de um garoto que fez o curso de informática básica em outro telecentro e após uma entrevista na qual declarou que sonhava em trabalhar com informática foi descoberto por um empresário, que o viu através das redes sociais da Secti e ofereceu a chance para o jovem trabalhar e morar em São Paulo.

Setton também ressaltou outro caso de uma aluna que, após passar pelo curso, teve a chance de ser monitora do telecentro. “São oportunidades que vocês podem ter aqui. Saibam aproveitar e cuidem desse lugar que é de vocês, da comunidade”, disse o secretário.

Inclusão

Os telecentros têm como objetivo promover a inclusão digital e social das comunidades atendidas. As entidades que recebem os telecentros são organizações não-governamentais, pontos de cultura e associações comunitárias, que, em contrapartida, disponibilizam espaço adequado para seu funcionamento. Os telecentros são equipados com 11 computadores, uma impressora, uma câmera de segurança, kit mobiliário (mesas, cadeiras e armário), um datashow, e acesso gratuito à internet.

Os monitores são responsáveis pelo atendimento ao público e trabalham como facilitadores nos cursos de informática básica, oferecidos gratuitamente à população, permitindo aos frequentadores do local o uso das tecnologias da informação e comunicação disponíveis, de forma articulada ao desenvolvimento da comunidade.

Segundo o coordenador de Inclusão Digital da Secti, Felipe Athayde, os telecentros já realizaram cerca de doze atendimentos entre capacitações e serviços.

Agência Alagoas

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