Tavares firma-se como símbolo de uma nova oposição à ‘velha política’

Tavares firma-se como símbolo de uma nova oposição à ‘velha política’

Hoje, para o filósofo nordestino Luiz Felipe Pondé, a oferta do mercado de partidos políticos não representa o desejo da população. “A atual oposição não representa o povo. O governo também não. Essa crise de representação é exatamente o nascimento de uma nova oposição não partidária”.

Desta safra, surge em Alagoas a postulação do promotor de Justiça e ex-secretário de Defesa Social, Eduardo Tavares, atual candidato ao Governo do Estado pelo PSDB, que se orgulha por não ser um “político de carreira”.

Após a onda de protestos que varreu as ruas do país em junho do ano passado, cresceu na população a percepção de ausência de representação, distância da política e descontentamento com as respostas ineficazes das instituições às demandas mais básicas da população.

“Eu acho que quem fala a linguagem da política profissional está muito viciado. Ninguém aguenta mais isso. Alagoas precisa de uma pessoa que seja apenas gente. Vejo a política de uma forma diferente e, por isso, sou chamado de ET: o extraterrestre da política”, avalia.

Ao aceitar o convite do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), que, contrariando antigos aliados, optou por um nome de “reivenção da política” para sucedê-lo, Eduardo Tavares enfrenta o desafio de adentrar em um universo político desacreditado.

“Se as pessoas que rejeitam os maus políticos, que estão cansados das velhas práticas arbitrárias deles, não entrarem na política, seja no Executivo ou no Congresso, nada vai mudar. E foi por isso que eu resolvi aceitar essa missão”, explica.

Durante muitos anos, como membro do Ministério Público, Eduardo Tavares já lutava contra a “velha política”. Sua trajetória é marcada pelo combate à impunidade e a corrupção. Em 2009, ao assumir a Procuradoria Geral de Alagoas, herdou o comando da Operação Taturana, que tinha o objetivo de desmontar uma organização criminosa instalada na Assembleia Legislativa do Estado acusada de fraudes no IR (Imposto de Renda) de até R$ 200 milhões. “Nos meus anos de trabalho no Ministério Público processamos cerca de 200 agentes públicos, entre prefeitos, secretários, deputados etc”.

Mas, enquanto atende em cheio a expectativa de uma parcela da população que segue insatisfeita com os políticos de sempre, Eduardo incomoda aqueles que temem e tentam abafar o surgimento dessa “nova oposição” descrita por Pondé.

“Eu não ligo. Sou um agente político. Um homem que é republicano e sabe o que é a política no sentido lato da palavra, entende que para governar bem é preciso governar para todos. Talvez eu seja a única proposta verdadeira, com interesse popular e não populista do povo. Esse é um novo jeito de fazer”, enfatiza.

E a proposta é vista com otimismo pela juventude alagoana. Liziane Cavalcanti, presidente da Juventude do PSDB de Maceió, acredita que Eduardo é a “resposta” que a “voz das ruas” estava procurando. “O alagoano deseja uma pessoa que possa continuar tocando um governo de grandes obras, de desenvolvimento e progresso, mas com um novo jeito de fazer”, aposta.


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