A mastite é uma das doenças mais comuns nos rebanhos bovinos e pode afetar a qualidade do leite.
A enfermidade causa inflamação na glândula mamária do animal, prejudicando a qualidade e a quantidade de leite produzido. A vaca infectada pode deixar de produzir até três litros de leite por dia.
Quando o animal apresenta o quadro de mastite clínica, o produtor consegue visualizar alterações no leite, além de inchaços e vermelhidão na glândula mamária. Já na mastite subclínica, o animal não apresenta alterações no leite nem na glândula mamária. Mas sua prevalência é superior e pode se espalhar no rebanho, o que causa prejuízos econômicos ao produtor e compromete a qualidade do leite e a saúde do animal. A mastite subclínica é responsável por aproximadamente 70% das perdas relacionadas a essa doença.
O tratamento com antibióticos deve ser feito em conjunto com boas práticas de manejo do gado para não haver contaminação. De acordo com o pesquisador Luiz Zafalon, da Embrapa Pecuária Sudeste, medidas para assegurar a qualidade e a segurança do leite e dos derivados devem ser iniciadas ainda na fazenda com a adoção de boas práticas de produção. No entanto, se os procedimentos forem adotados de forma inadequada ou ignorados, podem resultar em risco para a saúde do consumidor, como os perigos químicos, consequência do emprego disseminado de antimicrobianos no tratamento da mastite, sem obediência ao tempo de carência.