Nonô alerta: vai ter terremoto político, antes das convenções

Nonô alerta: vai ter terremoto político, antes das convenções

Engana-se quem pensa que o jogo das coligações está decidido. Pelo menos no “campo do governo”. Experiente, habilidoso, Zé Thomaz analisa o quadro sob o prisma das coligações proporcionais – especialmente da chapa de deputado federal.

“Não vejo do lado de cá uma equação fechada. Deveremos ter muitas oscilações. O PMDB (frente de oposição) tem 3 ou 4 candidatos densos. O PMDB fica tranquilo. Lá não teremos grandes novidades. Mas nas outras coligações, é preciso saber quem faz escada para quem. Se eu fosse candidato a federal estaria intranquilo”, pondera Nonô.

E é justo aí, avisa o vice-governador, que o bicho vai pegar: “Ainda vamos ter por força disso um belo terremoto no cenário político antes das convenções. Não está nada resolvido”, alerta.

Zé Thomaz lembra que “ainda tem muita coisa em ebulição aqui e fora daqui” e avisa que terá nova conversa com o candidato do PSDB à presidência: “na sexta irei a São Paulo com o governador. Vou a convenção do Aécio Neves. Tenho conversado coisas com ele, que é meu candidato”, adianta.

O que pode vir por aí? “Ainda aguardo uma bela junção de forças no nosso lado. Os proporcionais que precisam sobreviver eleitoralmente começam a ter visão diferente do processo e na hora de assinar o compromisso, de sacramentar uma coligação, na convenção, eles devem mudar de opinião”, pondera Nonô.

Quanto a Téo Vilela, Nonô reconhece uma mudança de atitude em relação amontagem da coligação: “Justiça se faça, ele está se mexendo. Não sei quais serão os resultados. É essa a diferença de quem é governador e de quem não é”.

O presidente do DEM em Alagoas também manda um recado, a quem interessar possa: “Não sou candidato a vice de ninguém. Minha experiência já foi extraordinária, já foi suficiente. Vice só se for da república”.

Nonô nas entrelinhas

Em nenhum momento o vice-governador confirmou a coligação do DEM com o PSDB. Mas parece improvável outro caminho, por conta do palanque nacional. Vamos lembrar:  o candidato dele é Aécio.

Uma composição com o grupo de Biu é descartada quando ele diz que não é candidato a vice. O PSB não abre mão da vaga ao Senado para Alexandre Toledo, o que deixa o PP sem ter o que oferecer ao DEM.

O abalo a que Nonô se refere – embora ele não textualize isso – só pode atingir, se atingir, a chapa proporcional montada pelo PP. O grupo hoje é formado por seis partidos, três com candidatos fortes a federal (SD, com JHC, PP com Arthur e PR com Maurício).

Uma das possibilidades, a migração do SD para o grupo do PSDB poderia desarrumar todo o tabuleiro, forçando  a mudanças na estratégias do jogo.

A convenção do PP/PSB está marcada para o próximo dia 14, sem o SD, que só fará sua convenção no dia 30 e terá, assim, tempo suficiente para escolher a melhor coligação.

 

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Redação

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