Grupo JL: sem plano de gestão, assembleia de credores é adiada novamente

Grupo JL: sem plano de gestão, assembleia de credores é adiada novamente

Por falta de “consenso”, a Assembleia de Credores da Massa Falida da Laginha Agroindustrial S/A foi adiada mais uma vez. A próxima reunião está marcada para o mesmo local – o Clube do Povo, em Coruripe, no próximo dia 17 de julho.

“Concordamos com o adiamento para que os atuais administradores judiciais tenham tempo de reunir documentos e apresentar relatórios que vão nos ajudar na tomada de decisões importantes”, explica Antônio Torres, que representa a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-AL)

O advogado Everaldo Patriota, que representa alguns credores locais, explica que a assembleia foi apenas suspensa e será retomada em 17 de julho. O adiamento se deu em função da necessidade de apresentação de um “plano de gestão”, que vai apresentar como as dívidas serão pagas: “primeiro serão pagos os trabalhadores, depois os outros credores”, enfatiza.

De acordo com Patriota, o plano de gestão será como uma “bússola”, que vai orientar os credores: “é uma questão jurídica complexa e o plano vai dar o norte a todos os envolvidos no processo”, pontua.

O administrador judicial, Carlos Benedito Lima Franco dos Santos, e o gestor das atividades provisórias, Felipe Carvalho Olegário de Souza, ficam nas funções até a próxima assembleia da massa falida, quando deverão ser confirmados ou não nos cargos.

A expectativa dos credores é que já na próxima assembleia os administradores judiciais apresentem um plano para venda de ativos da massa falida e de liquidação da dívida. “Na verdade que o os credores fizeram foi acelerar o processo de liquidação. Na próxima reunião já poderá ser definida a realização de leilões para venda de alguns ativos”, aponta um dos credores.

O advogado Everaldo Patriota explica que a realização da assembleia faz parte da formalidade, da guerra jurídica: “agora o administrador precisa adotar providências que vislumbrem soluções, especialmente quanto ao pagamento das dívidas”, aponta

A dívida da massa falida do grupo JL é estimada em R$ 2,1 bilhões, sendo mais de R$ 120 milhões em dívidas trabalhistas e mais de R$ 500 milhões em impostos. As demais dívidas são com fornecedores de cana, empresas e bancos.

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Redação

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