Alimentos e bebidas têm menor inflação às vésperas da Copa do Mundo

Alimentos e bebidas têm menor inflação às vésperas da Copa do Mundo

A Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande) divulgou, nesta terça-feira (10), a pesquisa do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do mês de maio. O estudo apontou uma pequena queda no custo de vida da população alagoana, com variação de 0,33% em relação ao mês anterior. Já a cesta básica apresentou um acréscimo de 0,31%, seguindo a média de outros estados.

Embora tenha havido aumento do grupo habitação (1,25%), que representa a segunda maior taxa de influência (16,1%) na variação do cálculo, o dado não foi suficiente para aumentar o custo de vida neste mês. Segundo o gerente do IPC da Seplande, Gilvan Sinésio, a pequena variação de outros grupos, como educação (0,02%), comunicação (0,0%), despesas pessoais (0,05%) e saúde (0,10%), acabou contribuindo para a redução do IPC de maio.

Ainda de acordo com Sinésio, a variação do grupo alimentos e bebidas, de 0,42% para 0,20% neste mês, foi a maior responsável pela queda do IPC de maio. “Isso porque o grupo representa 21,19% da participação no orçamento doméstico, a maior dentre os demais”, observou. “Mesmo com a realização da Copa do Mundo no Brasil, esse fator não causou o impacto que muitos estavam esperando para esta época”, explicou.

Cesta Básica – Segundo a mesma pesquisa, a cesta básica apresentou um acréscimo de 0,31%% em maio em relação ao mês anterior. A compra dos itens básicos de alimentação comprometeu 35,66% do salário mínimo, o equivalente a R$ 265,39. A variação corresponde ao aumento de 3,7% no preço da cesta.

Desta vez, o principal vilão foi o tomate (1,22%), seguido do açúcar (0,94%), banana (0,76%), arroz (0,58%), leite (0,56%) e feijão (0,35%). Segundo Gilvan Sinésio, a razão se deve às condições climáticas às quais alguns alimentos estão submetidos. “Com a infestação de pragas e a estiagem ocorrida no início do ano, houve uma queda na oferta do tomate, do arroz e do feijão, causando essa inflação”, explicou.

Sinésio explica ainda que o açúcar sofreu com o final da safra do produto. “As usinas só voltarão a moer novamente a cana-de-açúcar em setembro. Por isso, é natural que haja esse aumento do preço do alimento, devido à lei da oferta e da procura”, finalizou.


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