A experiência do Consórcio de Saúde e Social da Catalunha (Espanha) foi apresentada, nesta quarta-feira (11), durante reunião no gabinete da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). O encontro teve o objetivo de trocar experiências para fortalecer o Consórcio Intermunicipal do Sul do Estado de Alagoas (Conisul), beneficiando assim as 5ª e 6ª Regiões de Saúde.
O consultor Gonzalo Gonzáles apresentou a experiência de 35 anos do consórcio espanhol para a Saúde, que hoje é exemplo em resolutividade na Atenção Primária. Segundo Gonzáles, para o pleno funcionamento do consórcio, é preciso gerir profissionalmente e de modo eficaz os recursos do setor público. “Na gestão da saúde pública, a diferença entre o público e o privado está no fato de que os lucros daquele setor [público] são revertidos para o próprio serviço de saúde”, esclareceu.
O consultor analisou ainda que, no Brasil, é preciso investir principalmente na formação continuada dos profissionais e na cobertura populacional do serviço. “Para isso, levamos à Catalunha médicos de outras localidades”, acrescentou ele, que sugeriu, primeiramente, que fosse traçado um plano estratégico do Conisul, de modo participativo.
O secretário de Estado da Saúde, Jorge Villas Bôas, defendeu o consórcio como uma Política de Saúde do Estado, organizando assim o sistema de saúde, a exemplo da otimização dos recursos financeiros destinados à compra de medicamentos de forma compartilhada – o que reduz o custo para os municípios.
Compra compartilhada
A união dos municípios para adquirir os medicamentos de forma compartilhada segue a orientação do Governo Federal, mas ainda se trata de uma novidade no Estado de Alagoas, que está em processo de expansão. O Conisul começou a colocar os projetos em prática no início de 2014 e já está atendendo áreas como a assistência farmacêutica.
A primeira compra compartilhada totalizou R$ 1 milhão para a aquisição de medicamentos, como soros, antibióticos e anti-hipertensivos. Segundo o superintendente do Conisul, Pedro Madeiro, os treze municípios do consórcio já começaram a sentir na prática a redução de custos com os resultados da primeira compra. “A redução dos custos pode chegar a R$ 23 mil por mês em um único município”, apontou.
Outra novidade apontada por Madeiro é que todos os municípios do Estado poderão participar da compra compartilhada de medicamentos. “Para isso, o município precisa aprovar uma minuta na Câmara dos Vereadores e a medida não torna o município consorciado, mas garante a economia da compra em conjunto”, informou.
—
Agência Alagoas
Author Description
