Quando decidiu ficar no governo, em janeiro deste ano, o governador Teotonio Vilela Filho teria feito uma jogada de mestre. Seus amigos o chamavam então de “gênio”.
No governo, com a “caneta” na mão, ele poderia ditar as regras da eleição.
Com cinco pré-candidatos ao governo no seu grupo Téo passou a ser tratado como a “noiva mais cortejada” da política alagoana.
Seria ele, então, o grande eleitor. Seria.
Ao escolher, sozinho o seu candidato ao governo, a situação mudou. Depois que anunciou, em abril, o nome de Tavares, Marcos Fireman e Luiz Otávio Gomes saíram de cena. Biu de Lira e Alexandre Toledo marcharam para o rompimento e Nonô dá sinais que vai pular do barco.
Político a quem se atribuiu muita sorte e perspicácia em toda a sua trajetória, Vilela estaria, na situação de hoje, à beira do naufrágio. Nem mesmo a demissão de secretários conseguiu minar a candidatura do PP, que pode terminar sendo fortalecida.
Restam poucos dias a partir de agora para que Vilela consiga fazer uma verdadeira “jogada de mestre” capaz de virar o jogo a seu favor, evitando o xeque mate antes do tempo.
Ele costuma surpreender e, que ninguém se engane, pode encontrar meios de se manter na vida política. É bom lembrar que Vilela tem sempre um “ás” na manga. Mas é claro que existe a possibilidade dele estar blefando.
As próximas semanas serão cruciais para que o governo dê uma virada na história ou para que ele saia de cena do jogo, talvez para nunca mais voltar. Vamos aguardar.