O TSE, como adiantei aqui na semana passada, reduziu o número de vagas de deputado federal em Alagoas em disputas nas eleições deste ano de 9 para 8.
O Congresso Nacional recorreu da decisão ao Supremo Tribunal Federal. O julgamento da ação que contesta a resolução da Justiça Eleitoral que mudou o tamanho de 13 bancadas na Câmara dos Deputados – incluindo Alagoas – ficou marcado para o próximo dia 11.
O julgamento será realizado rapidamente porque o Procuradoria Geral da República pediu urgência, em função do calendário eleitoral.
Os deputados federais de Alagoas acompanham com interesse o julgamento. Se o STF mantiver as 8 vagas ao invés de 9 para Alagoas, a reeleição dos parlamentares ficará bem mais complicada e os candidatos terão de ter pelo menos dez mil votos a mais para ter chances de se eleger.
Isso porque muda o cálculo do quociente eleitoral. Com 9 vagas uma coligação poderia eleger o primeiro deputado com 165 mil votos e poderia fazer o segundo com “sobras” a partir de 60 mil votos. Com 8 vagas, o primeiro deputado deve ser eleito com pelo menos 185 mil votos e as sobras passam para pelo menos 70 mil votos.
Com as mudanças, os “especialistas” estão refazendo os cálculos para conseguir quatro anos em Brasília. Mauricio Quintella (PR), acredita que é preciso ter 75 mil votos no mínimo para o candidato se eleger em qualquer coligação.
O deputado estadual Joao Henrique Caldas (Solidariedade) acredita que é preciso um pouco mais de votos. Ele acha que 80 mil votos o elegerá, independente da coligação que estiver.
Ou seja, quem quiser chegar à Câmara Federal ou continuar por lá tem trbalhar duro e partir para disputa de um patamar mais alto.
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