Alagoas está comemorando a Semana dos Alimentos Orgânicos, que se iniciou no último dia 25. A semana está sendo comemorada por todo o Brasil. Ciclos de palestras e diversas atividades acontecem até o próximo dia 2.
Desde dezembro de 2003, no Brasil, vigora a lei que regulariza a produção do alimento orgânico. Com o objetivo de levar sustentabilidade econômica e ecológica da região produtiva, a lei 10.831 fala, ainda, que o alimento produzido no campo deve ser saudável quando entregue ao consumidor final.
De acordo com a gestora do Arranjo Produtivo Local (APL) Fruticultura do Vale do Mundaú, Valdelane Tenório, grande parte dos trabalhadores rurais no Estado hoje é composta por agricultores rurais que produzem alimentos orgânicos. “O sistema que é feito no campo é o sistema de produção orgânica. A lei, além de garantir que o alimento deve ser o mais saudável possível, ela garante que os produtos sejam comercializados com um acréscimo de 30% no seu valor final. Isso garante que o produtor do campo tenha interesse ainda maior nesse sistema de produção orgânica que reduz o custo de produção”, afirma Valdelane.
Para aproximar o agricultor do seu consumidor, todas as quartas-feiras acontece a Feira Orgânica dentro do campus A.C. Simoes, na Universidade Federal de Alagoas. Também ocorre todas as sextas-feiras a Feira Agroecológica, ao lado do mercado do Jaraguá. As duas feiras reúnem as frentes de trabalho do APL Fruticultura, a do Vale do Mundaú e a do Agreste. “Tudo o que os agricultores trazem eles comercializam. Na feira, o consumidor tem a garantia de levar o alimento saudável e ainda comprar um produto orgânico com o preço mais acessível do que em supermercados”, declara a gestora do APL.
O Arranjo Produtivo Local do Vale do Mundaú trabalha desde 2012 com cinco municípios da região, sao eles Branquinha, Santana do Mundaú, Uniao dos Palmares, Sao José da Laje e Ibateguara. Com o apoio do Sebrae/AL, o APL realiza assistência técnica, de estrutura e comercialização dos produtos orgânicos. “É uma proposta inovadora que leva consciência agroecológica aos agricultores. Hoje a realidade deles é diferente”, conclui Valdelane Tenório, gesto da APL.
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