Exposição itinerante divulga produtos feitos por presos em Maceió

Exposição itinerante divulga produtos feitos por presos em Maceió

Uma exposição itinerante vem divulgando o trabalho realizado por presidiários nas oficinas da Fábrica de Esperança, localizada no complexo prisional, em Maceió. Iniciada no dia 19 de maio, a exposição está instalada na Secretaria de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Agrário (Seagri). Os produtos artesanais ficarão no local até esta sexta-feira (30) e depois seguirão para a Agência Central dos Correios, no Centro.

Entre os artigos há objetos produzidos a partir da técnica de decupagem e da marchetaria, peças em filé, baús, toalhas, jogos de madeira, conjuntos de jogo americano e caminhos de mesa.

Com o nome de “Projeto Graúna”, o projeto da Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) tem uma agenda de exposições durante todo o ano, para difundir o trabalho desenvolvido pelos reeducandos. Segundo a coordenadora de Artesanato da Seris, Cilene Nascimento, os produtos mais procurados são as peças de madeira e de filé.

Fábrica de Esperança

A Fábrica de Esperança é um programa desenvolvido desde 2006 pela extinta Sgap, que engloba ressocialização, cursos profissionalizantes e laborterapia (terapia ocupacional). Atualmente tem 30 setores e 25 oficinas profissionalizantes, onde uma parte da população carcerária trabalha nas mais diversas áreas.

Os presos são beneficiados com direito à redução de pena de um dia por cada três trabalhado, além de receber ¾ do salário mínimo via conta bancária, de acordo com o que determina a Lei de Execuções Penais.

Os presos alagoanos trabalham com mecânica, horta, pré-moldados, saneantes (sabão e detergentes), artesanato (filé, pintura, tornaria, corte e costura), serraria, serralharia, apicultura e padaria.

Parte dos produtos confeccionados na Fábrica é comercializada numa loja na Rua do Comércio, no Centro de Maceió e outra parte é negociada diretamente com a Gerência de Produção e Laborterapia.

Projeto Graúna

O projeto foi criado pela extinta Superintendência Geral de Administração Penitenciária (Sgap) e visa divulgar o trabalho desenvolvido nas oficinas da Fábrica de Esperança. As peças expostas foram fabricadas nas oficinas de corte e costura, filé, pintura, marcenaria, entre outras.

O nome “Graúna” foi inspirado na ave de mesmo nome, que em uma determinada época da vida passa por um processo de mudança, quando troca todas as penas e vive uma transformação semelhante à vivida pelos custodiados que participam do projeto.

Agência Alagoas

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Redação

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