Alagoas reduz em 88% desmatamento da Mata Atlântica

Alagoas reduz em 88% desmatamento da Mata Atlântica

A pesquisa divulgada essa semana pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) mostra que o desmatamento da Mata Atlântica avançou em 9% no país. Entretanto, Alagoas conseguiu diminuir em 88% o número de áreas desmatadas, caindo de 138 hectares para 17 hectares. Segundo informações do Instituto do Meio Ambiente (IMA), a principal causa é o crescimento em número de áreas protegidas.

No ano passado, considerando o período entre os anos de 2011 e 2012, o estado havia sido colocado no oitavo lugar em um ranking feito com 16 estados onde há remanescentes florestais da Mata Atlântica. Na pesquisa mais atual, que considera o período entre 2012 e 2013, Alagoas aparece no 13º lugar da lista feita agora com 17 estados da federação.

Segundo os números apresentados “oito estados aumentaram consideravelmente o desmatamento, três se mantiveram estáveis e apenas seis conseguiram efetivamente reduzir o número de áreas desmatadas. Entre eles, Alagoas se destaca como o estado em que mais avançou na preservação de áreas nativas”, comenta Adriano Augusto, diretor-presidente do IMA.

Áreas protegidas

Ele disse que uma das causas desse avanço é o crescimento significativo de áreas protegidas. Entre os anos de 2007 e 2013 o estado ganhou mais 26 Unidades de Conservação, ampliando para 50, dessa forma 1.551 hectares de remanescentes vegetais da Mata Atlântica ficaram inseridos em áreas protegidas. O maior de número de Unidades criadas em esfera estadual nesse período é de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), 25 no total.

Além dessas, as outras existentes no estado são Áreas de Proteção Ambiental, Reservas Ecológicas, Reserva Extrativista, Reserva Biológica, Refúgio de Vida Silvestre, Estação Ecológica, Parques e Monumento Natural, criados em âmbito estadual, federal e municipal.

O diferencial da RPPN é o caráter de perpetuidade, “isso significa que o proprietário deve averbar a área protegida em cartório e, caso as terras sejam vendidas ou repassadas a herdeiros, ela tem que ser mantida”, afirmou Alex Nazário, diretor de Unidades de Conservação do IMA. Além disso, é uma garantia de preservação em propriedades privadas e que podem até servir de elo de ligação entre remanescentes vegetais, fundamental para a preservação da biodiversidade.

Agência Alagoas

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Redação

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