População de Limoeiro de Anadia reclama de dificuldade em registrar boletins de ocorrência

População de Limoeiro de Anadia reclama de dificuldade em registrar boletins de ocorrência

A população de Limoeiro de Anadia fez duras críticas, essa semana, aos serviços prestados pela Delegacia de Polícia Civil no município e também em Arapiraca. Em reunião com o prefeito Marlan Ferreira na noite de quinta-feira (22), para discutir soluções para a questão da segurança pública no Distrito Pé Leve, moradores e empresários reclamaram da dificuldade em registar um Boletim de Ocorrência (B.O.) quando são vítimas de algum ato de violência.

O não registro das ocorrências acaba não despertando as autoridades policiais para a gravidade da situação vivenciada diariamente pelos moradores, uma vez que eles precisam desses números e estatísticas sobre a criminalidade para agir.

A crescente onda de assaltos, roubos de moto e automóveis, tráfico de drogas e arrastões tem causado sérios prejuízos, principalmente aos comerciantes locais, alvos constantes da ação dos criminosos. Ao clima de insegurança soma-a dificuldade em registrar o B.O.

Segundo o prefeito Marlan, o aumento da violência no município se reflete diretamente no desenvolvimento da economia local. Além de prejudicar os comerciantes já existentes, o problema acaba afastando os empresários que desejam se instalar no município. “Uma das primeiras coisas que eles questionam é como está a segurança pública na cidade”, enfatizou.

Para o prefeito, a deficiência na notificação dos casos mascara os verdadeiros índices da violência no município. “Se a população não registra a queixa, os agentes públicos de segurança jamais poderão fazer um diagnóstico preciso da situação. Mas, para que a população faça a sua parte, o Estado tem a obrigação de garantir a eficácia no atendimento”, ressaltou o prefeito.

O comerciante Josivânio Albuquerque relatou que o estabelecimento da família, localizado no Distrito Pé Leve, já foi assaltado cinco vezes. E na hora de registrar o Boletim de Ocorrência na Delegacia de Arapiraca enfrentaram o descaso e a demora no atendimento.

“Em uma das vezes que formos assaltados procuramos a Delegacia de Limoeiro, mas fomos orientados a fazer a ocorrência em Arapiraca. Chegando lá, esperamos mais de uma hora para sermos atendidos. Além da violência do assalto, ainda temos que enfrentar a falta de respeito”, desabafou.

Josivânio conta que a família foi obrigada a desativar o caixa eletrônico que havia no estabelecimento devido aos constantes assaltos. “Quem saiu prejudicada mais uma vez foi a população, que tem que se descolar para Limoeiro ou Arapiraca quando precisa de algum serviço bancário.

A sensação de impunidade faz com que os crimes de menor poder ofensivo, a exemplo do roubo de celulares, nem cheguem a ser notificados, porque a população acaba acreditando que não vale a pena passar por mais um aborrecimento na hora de prestar a queixa.

Mesmo diante da gravidade da situação, o prefeito Marlan Ferreira conclamou a população a não desistir da luta por melhores serviços na área de segurança e aconselhou que as vítimas de violência insistam em denunciar o crime e a fazer o Boletim de Ocorrência. “Nós precisamos nos unir para enfrentar essa situação. Com a ajuda de todos a Prefeitura terá mais força para pressionar o Estado a garantir o atendimento digno à população”, finalizou.

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