Guerreiro de Arapiraca ganha prêmio do Ministério da Cultura

Guerreiro de Arapiraca ganha prêmio do Ministério da Cultura

Aos 75 anos de idade, Elias Fortunato de Souza, mestre do Guerreiro Asa Branca, recebe pela segunda vez um prêmio concedido pelo Ministério da Cultura em reconhecimento ao trabalho desenvolvido para preservar a cultura popular.

Em 2007, todo o grupo que faz parte do Guerreiro Asa Branca, localizado no bairro Cacimbas em Arapiraca, recebeu do Ministério da Cultura o Prêmio Mestre Duda. Desta vez, Elias Fortunato, criador do Guerreiro Asa Branca ,é premiado como mestre.

Ele foi agraciado com o Prêmio Culturas Populares – Edição 100 anos de Mazzaroppi. O prêmio, no valor de dez mil reais, é um reconhecimento a atuação de Mestres e Grupos responsáveis por iniciativas exemplares que envolvam as expressões das culturas populares brasileiras.

Mestre Elias Fortunato, disse que desde os sete anos de idade, gostava de observar o guerreiro que se apresentava em Coité do Nóia, cidade onde ele morava, Aos dezoito anos começou a dançar e , sempre viajava para fazer apresentações nos grupos folclóricos nas cidades como Boca da Mata, Atalaia e Cajueiro.

Mestre Elias disse que o Guerreiro Asa Branca, foi criado em setembro de 2006. Atualmente, trinta integrantes fazem parte do grupo folclórico, na maioria familiares e vizinhos. “Minha neta de quatro anos já está dançando o guerreiro comigo. Isso é minha maior alegria, saber que as novas gerações vão perpetuar essa tradição folclórica que eu amo tanto” falou emocionado o mestre Elias.

A documentação comprovando as atividades do mestre Elias foi enviada ao Ministério da Cultura, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo. ” Acompanhamos todo o processo de inscrição, documentação e divulgação dos contemplados. Foi uma grande alegria informar ao mestre Elias que ele tinha recebido o prêmio do Ministério da Cultura”, afirmou o subsecretáro municipal de Cultura e Turismo, Júnior Bala.

Guerrreiro

Guerreiro é um folguedo de Alagoas. Dançado principalmente no natal, onde homens dançam trajados com roupas vermelhas e azuis e pesados chapéus enfeitados com fitas coloridas e pequenos espelhos, em comemoração ao eventos do Natal.Originado na decada de 20 e 30 pela junção do Reisado do Caboclinho, com influências da Chegança, Pastoril e Bumba-meu-boi.

É formado por 50, 64, 25 ou 35 figurantes e personagens sendo os principais: Mestre, Contra-mestre, Rei, Rainha, Lira, Índio Peri e seus vassalos, Mateus (dois), o Boi, embaixadores (dois), general, palhaços (dois), uma Catirina (às vezes), Sereia, Estrela de Ouro, Estrela Brilhante, Estrela Republicana, a banda da lua e as figuras.

O mestre é a figura principal do Guerreiro. Veste-se com roupas coloridas enfeitadas com lantejoulas, espelhos e fitas. Na brincadeira tira “embaixadas”, tipo de diálogo cantado, que são rebatidas pelos mateus e faz “peças de cantoria” para acompanhamento dos figurantes.

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