Grito da Terra mobiliza trabalhadores em busca de melhorias no campo

Grito da Terra mobiliza trabalhadores em busca de melhorias no campo

Cerca de três mil trabalhadores e trabalhadoras rurais tomaram as ruas de Maceió na manhã desta terça-feira, 20, durante a vigésima edição do Grito da Terra. A mobilização nacional, que em Alagoas é coordenada pela Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura do Estado de Alagoas (Fetag-AL), aconteceu simultaneamente nas 26 capitais e em Brasília. De inciativa da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), o Grito da Terra, reivindica melhorias no campo para os trabalhadores e assalariados.

A marcha teve concentração no estacionamento do bairro do Jaraguá e seguiu em direção a Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), onde foi realizada uma audiência pública para apresentação e discussão das pautas que buscam ações nas áreas de assistência técnica de qualidade, segurança, melhores condições de trabalho, saúde e habitação para o homem do campo.

Diversos atos foram realizados durante a marcha. Os camponeses fizeram paradas em frente aos prédios do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e da Caixa Econômica Federal, onde expuseram suas reivindicações e convidaram os representantes para a sessão na ALE.

Segundo o presidente da Fetag, Genivaldo Oliveira, o grito da terra apresenta diversas pautas, algumas com prioridade mais urgente, pois são de grande importância para a manutenção do homem no campo e consequentemente a produção da agrícola no país. “O programa de habitação rural precisa ser ampliado, pois somente em Alagoas mais de 20 mil trabalhadores ainda vivem em casas de taipa ou pagam aluguel”, completou Oliveira.

Deputados e lideranças sindicais também estiveram presentes na manifestação pacífica. Segundo a secretária de jovens da Fetag, Mariele dos Santos, a pauta enviada ao governo pela Fetag, reivindica ainda atenção especial para a juventude rural e garantias como acesso a terra produtiva. “Precisamos fortalecer a juventude rural do nosso estado. Somente oferecendo melhores condições de renda e trabalho é que conseguiremos manter os jovens no campo, buscando o desenvolvimento da agricultura familiar em nosso país”, destacou Mariele.

A trabalhadora Rita Paula Ferreira, secretaria geral do Sindicato dos Trabalhadores e trabalhadoras Rurais de Piaçabuçu, comemorou mais esse dia de luta da classe trabalhadora rural. “Trata-se de um dia em que nós, trabalhadoras e trabalhadores rurais saímos da zona rural e viemos para a cidade reivindicar melhorias para a vida no campo. Tenho certeza que a mobilização só traz benefícios para todos nós, tanto para os trabalhadores, quanto para a população da cidade”, acrescentou.

Audiência Pública

O plenário da Casa de Tavares Bastos ficou lotado durante a audiência pública para apresentação das pautas. Durante a edição extraordinária, Genivaldo Oliveira agradeceu o apoio dos presidentes dos Sindicatos de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR) dos 102 municípios Alagoanos, que mobilizaram os trabalhadores e marcaram presença na mobilização.

“É muito satisfatório perceber que todos vocês aderiram a essa luta, que é uma luta em nossa defesa, em defesa do homem do campo. Somente dessa forma conseguiremos as melhorias que ainda buscamos”, disse o presidente da Fetag, que lembrou as diversas melhorias que as edições anteriores do Grito da Terra já trouxeram para o trabalhador rural.

Com relação ao resultado das pautas, Genivaldo Oliveira disse que somente após reunião com o governador do estado é que a Federação poderá saber quais reivindicações serão prontamente atendidas, mas se mostra confiante, diante da força que o Grito da Terra mostrou para o Estado de Alagoas.

 

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