Este será o final de semana mais longo da política alagoana deste ano – ao menos até agora. Não há limites, nem regras. Todos os grupos conversam entre sim. A movimentação, no entanto, é maior dentro do “campo do governo”.
Um bom exemplo, neste sábado, 17 é o “assédio” em torno do Solidariedade. João Caldas teve um encontro demorado com Rogério Teófilo, emissário oficial do PSDB. Os tucanos querem levar o SDD para apoiar a pré-candidatura de Eduardo Tavares.
Logo em seguida, ele foi procurado pelo senador Benedito de Lira, PP, que não quer perder o SDD, cujo apoio é considerado fundamental não só para garantir o tempo de TV da coligação majoritária, mas também para ajudar na eleição proporcional de deputado federal.
Quanto mais se aproxima o ato de pré-lançamento da candidatura de Biu (segunda-feira, 19, às 9h30), maior será a movimentação.
Téo Vilela, por exemplo, teve nova rodada de conversas ontem com Alexandre Toledo (PSB) e Benedito de Lira. Sem “avanços”, ele orientou seus interlocutores a “botar pressão” em busca entendimento com o Solidariedade e o PR.
O que o governador quer é aumentar o tempo de TV de Eduardo Tavares e ao mesmo tempo fortalecer a chapa de federal, o que viabilizaria a eleição de seu sobrinho, Pedro Vilela.
Interlocutores do PMDB também estão se movimentando, ainda que mais discretamente, em busca do PSD de João Lyra, que também está no grupo de BIU, e tentam abrir diálogo com JC.
A queda de braços entre Biu de Lira e Téo deve aumentar nos próximos dias e nenhum dos dois está disposto a entregar os pontos antes das convenções. Que ninguém se surpreenda, portanto, se houver um rompimento público entre o senador e o governador. A relação entre os dois não anda na bem e tende a se deteriorar em função da disputa, nessa fase da campanha, pelo tempo de TV.
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