Feira agrária atrai consumidores à Praça da Faculdade, no Prado

Feira agrária atrai consumidores à Praça da Faculdade, no Prado

Produtos como frutas, cultivadas nos assentamentos e sem agrotóxicos, estão sendo comercializados na Praça da Faculdade, no bairro do Prado, durante a I Feira da Reforma Agrária do Movimento Via do Trabalho. A feira foi aberta segunda-feira e prossegue até a próxima sexta-feira (16), com mais de 200 toneladas de alimentos produzidos pelos trabalhadores rurais do movimento agrário.

“Isso aqui é a prova viva do que a gente faz com a terra que a gente conquista”, destacou José da Silva, do Movimento Via do Trabalho. Além da comercialização dos alimentos, todos os dias, a partir das 19h, tem programação cultural.

São 100 feirantes, que trouxeram para comercializar em Maceió animais, alimentos como inhame e macaxeira, e frutas como, laranja e banana. Segundo Antonio Marcos, a feira é um espaço de diálogo entre o campo e a cidade. “Esses produtos têm a lógica da comercialização solidária, chegam com preços justos e livres de veneno. São produzidos de forma orgânica, o que demonstra a preocupação com o bem-estar e com a saúde de quem consome”, afirmou o coordenador.

O secretário de Articulação Social (Seas), Claudionor Araújo, que representou o governador Teotonio Vilela na abertura da feira, destacou a importância de se ter um governo que mantenha o diálogo e a parceria com os movimentos dos trabalhadores do campo. “Muita gente se diz comprometida com o homem do campo, mas quando chega no poder, esquece o que disse”, afirmou.

Claudionor afirmou que o apoio do governo aos movimentos sociais vai além das feiras agrárias. “O governo tem levado para os acampamentos tudo o que pode. Atendemos no que é possível às solicitações para que os pequenos agricultores possam progredir. Sei que a luta é grande. Quero parabenizar a todos os trabalhadores desse movimento, pois são verdadeiros heróis”, disse.

De acordo com Antonio Marcos, um dos coordenadores do Via do Trabalho, a feira é uma prestação de contas do agricultor da reforma agrária, e um momento de reflexão. “Setenta por cento dos alimentos produzidos no Brasil saem da agricultura familiar. Aqui em Alagoas, anteriormente, só se produzia cana-de- açúcar mas isso está mudando porque uma fazenda que era de um só dono, por exemplo, hoje é de 100 famílias”, destacou Marrom. O coordenador lembrou ainda que é preciso fixar o homem do campo no campo. “Temos que resgatar o homem do campo que veio pra cidade grande e hoje está morando em favelas”, disse.

Agência Alagoas

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Redação

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