A Reserva Extrativista da Lagoa do Jequiá é a primeira reserva extrativista do estado de Alagoas, criada em 2001. Reconhecida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) como uma reserva de uso sustentável, é uma área que permite ser explorada com responsabilidade, respeitando limites e critérios para que seus bens naturais não se esgotem nem sejam prejudicados. Os exploradores em questão são os habitantes tradicionais das áreas da reserva, em sua maioria pescadores e artesãos, que se utilizam dos recursos que a natureza local oferece como meio de sobrevivência.
De acordo com Diana de Alencar Meneses, analista ambiental e, atualmente, chefe da unidade, a criação da reserva não foi uma iniciativa governamental. Foi uma demanda social. Os habitantes da região sentiam-se ameaçados pelas ações de empresas e de novos proprietários que começavam a se estabelecer no local com o intuito de alterar, além de suas rotinas, a natureza exuberante e fértil, através da privatização. O amparo do governo federal veio para garantir que nada disso aconteça.
Para fins administrativos a reserva tem um conselho deliberativo, que é formado por órgãos que possuem trabalhos correlacionados ao que se desenvolve na reserva e, principalmente, por representantes das comunidades ali residentes – ao todo 13 comunidades. O conselho tem poder para gerir a reserva de acordo com os interesses comuns, visando sempre a preservação do ambiente em questão.
Os limites da reserva são 3 milhas náuticas marinhas e a lagoa do Jequiá em sua total extensão. Além disso, as terras ocupadas pela população tradicional também se encontram sob proteção, a fim de garantir-lhes moradia e condições de trabalho. Natureza e homem são respeitados mutuamente, convivendo em perfeita harmonia.
Da redação
Author Description
