O prefeito Rui Palmeira e a secretária municipal de Assistência Municipal, Juliana Vergetti, inauguraram na manhã desta terça-feira (06) a primeira Casa Lar da capital e também do Estado, localizada em Jacarecica. Com um modelo diferenciado de acolhimento de crianças e adolescentes vítimas de violação de direitos, a Casa Lar se propõe a reconstruir e preservar o vínculo familiar entre os assistidos. A missão é baseada na proposta da organização não governamental Aldeias Infantis SOS Brasil, com reconhecimento do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
“Trata-se de um modelo que busca unir as crianças que estavam separadas em diferentes casas de acolhimento. Toda a assistência social será plena com uma equipe multidisciplinar para acompanhar o desenvolvimento das crianças e adolescentes, com destaque para a liberdade que terão para montar a casa, de criar a identidade delas”, declarou o prefeito Rui Palmeira. Ainda segundo o prefeito, a proposta é inaugurar mais uma Casa Lar no segundo semestre. “As avaliações já foram iniciadas para encontrar mais moradia em outro bairro da capital”, disse.
Diferente dos outros serviços de acolhimento de Maceió, a Casa Lar vai receber 9 crianças e adolescentes de ambos os sexos, com idade entre 7 e 17 anos. Entre as prioridades, estão o resgate dos grupos de irmãos biológicos e a formação cidadã. Na oportunidade, o prefeito conheceu os cômodos da residência, visitou os dormitórios e participou do descerramento simbólico de uma placa artesanal feita pelas crianças atendidas pela Casa Lar.
“Este é momento de muita alegria para o município, fruto de parceira com a Aldeias Infantis, em uma modalidade que prioriza assistência social, com atenção voltada para o sentimento de pertença”, disse a secretária Juliana Vergetti.
A Casa Lar conta com uma equipe técnica de cuidadoras, chamadas de mães sociais, que foram capacitadas para acompanhar o desenvolvimento de todos os atendidos. Serão duas mães sociais, sendo uma residente e uma substituta responsáveis pelos cuidados e pelo projeto de vida dos acolhidos.
Além das mães sociais, uma equipe técnica – formada por assistentes sociais, pedagogo e psicólogo – fará o acompanhamento dos acolhidos, desenvolvendo também atividades culturais, socioeducativas e recreativas.
Segundo a gestora municipal da Aldeias Infantis SOS Brasil, Rickelane Gouveia, a Casa Lar humaniza o acolhimento de crianças e adolescentes em Maceió, pois garante a aproximação de irmãos que estavam separados. “A proposta é sensibilizar e resgatar os vínculos familiares de irmãos biológicos e afetivos. Este é mais um passo da garantia dos direitos das crianças. Toda a vizinha está ciente da atuação da Casa Lar e muitos moradores já se mobilizaram para contribuir com a socialização delas”, disse.
Para o presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Chico Filho, a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) tem avançado na promoção de políticas públicas. “Apesar de terem encontrado uma situação difícil no ano passado, a Semas tem trabalhado com seriedade em busca de parcerias para reverter a situação da vulnerabilidade social. Os avanços podem ser notados e merecem todo o nosso reconhecimento”, ponderou.
Estiveram presentes conselheiros tutelares, os vereadores Sílvio Camelo (PV) e Tereza Nelma (PSDB), além dos secretários municipais do Controle Interno, Fellipe Mamede, do Trabalho, Abastecimento e Economia Solidária, Solange Jurema, e do secretário adjunto de Assistência Social, César Lira.
Para mais informações sobre a Aldeias Infantis SOS Brasil e como contribuir com a Casa Lar, basta ligar para os telefones 3372-3151 ou 8106-7829.
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