O bonsai é uma arte milenar que consiste em cultivar uma árvore de pequenas dimensões em um vaso pequeno e raso, mantendo a poda constante para que ela amadureça e se torne uma árvore frondosa em miniatura. Através de técnicas específicas, a planta expressa totalmente a beleza e o volume da planta em seu porte original, inclusive florindo e dando frutos.
Quem cultiva é, geralmente, apaixonado e fiel à arte do bonsai. Estabelece com a prática uma relação de intimidade e torna a miniatura da natureza uma herança carregada de sentimentos, para ser passada de geração em geração, ou entre pessoas queridas.
Foi dessa paixão que surgiu a Associação Nordestina de Bonsai (ANB), em 2010. Com o objetivo de difundir e estimular o cultivo, a preservação e o repovoamento de espécies nativas do nordeste, a ANB realiza constantes eventos para intercâmbio de conhecimento dentro da temática. O último evento realizado foi o VII Workshop Internacional da ABN que, dentre outros convidados, trouxe para Maceió o Mestre Kunio Kobayashi, na semana passada.
Nascido em Tóquio, Kobayashi formou-se numa escola de horticultura para tomar a frente dos negócios da família. Numa visita a uma exposição, viu um pinheiro que o deixou impressionado. Conta que sentiu como se dele emanasse uma força, “quase como se houvesse um deus (ali) dentro”. A partir daí o japonês descobriu-se bonsaísta. É o fundador do museu Shunka-en, um dos principais centros de bonsais do Japão, exibindo mais de dois mil exemplares de várias espécies.
Em sua primeira vez no Brasil, Kunio Kobayashi compartilhou seus conhecimentos com os bonsaístas que estiveram no evento. Com certeza uma oportunidade ímpar para quem se dedica a essa arte milenar. Para o mestre, “receber um bonsai como herança é algo extraordinário. É como manter a vida, que fui de geração em geração”.
Redação
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