Fortalecido com a presidência do Senado, Renan Calheiros tenta, literalmente, isolar o seu principal adversário nas eleições deste ano – o senador Benedito de Lira.
Bem avaliado nas pesquisas, Biu é no momento o único capaz de estragar os planos do presidente do PMDB, que quer continuar na presidência do Senado em Brasília e eleger o deputado federal Renan Filho para o governo.
Renan Calheiros cuida de cada detalhe. Ele sabe que para ganhar o governo o candidato do PMDB terá de passar pela aprovação do eleitorado. Nessa tarefa vai contar com os melhores marqueteiros do país, o maior tempo de televisão e certamente com recursos suficientes para fazer a campanha do jeito que ele gosta.
Para alcançar seus objetivos o senador também precisa de apoio das lideranças políticas. E para ele não há limites – quanto mais, melhor.
Por isso mesmo o presidente do Senado se empenhou pessoalmente – mesmo administrando uma crise política nacional no caso da CPI da Petrobras – em convidar prefeitos e vereadores para participar do encontro da frente de oposição em Penedo, realizado no último dia 11.
Os “amigos” do senador revelam que o esforço valeu a pena: foram contabilizados 560 vereadores, 86 prefeitos e 2,35 mil pessoas – a maioria lideranças políticas. O que isso representa? Que mais de 80% das forças políticas convencionais do estado estariam com Renan Calheiros. E se depender dele, esse percentual ainda vai crescer mais nas próximas semanas.
Os números tem sido usados para “convencer” caciques da política alagoana de que “não vale a pena ficar com o Biu”. A ofensiva foi lançada durante esta semana. Deputado ”convidados” a mudar de lado.
Tem muita gente se balançando. Se a ofensiva der certo, Biu terá sua candidatura fragilizada. Mas se, ao contrário, Benedito de Lira conseguir resistir e mantiver o apoio que já conseguiu até agora, ele sairá fortalecido e poderá até ampliar sua base de apoio.