A Defensoria Pública do Estado de Alagoas participou, no início da semana, da criação de um Fórum de Monitoramento para enfrentar as principais questões e problemas oriundos da reforma da Maternidade Estadual Escola Santa Mônica.
Responsável pelo Núcleo de Saúde da Defensoria, a defensora pública responsável pelo Núcleo da Saúde, Manuela Carvalho, participou do fórum, que irá realizar reuniões periódicas com o objetivo de debater e solucionar as dificuldades no atendimento da população gestante de alto risco no Estado, bem como as consequências do aumento da demanda nas demais maternidades.
A reunião foi agendada após a informação de que, na Maternidade Nossa Senhora da Guia, três bebês recém-nascidos estavam em situação crítica há mais de cinco dias, mesmo após o pedido de vagas de UTI neonatal feito ao órgão regulador (Cora). “Foi quando iniciou o amplo debate no intuito de compensar a insuficiência de leitos de UTI desse porte na rede pública”, informou a defensora.
Como uma das primeiras ações do fórum, ficou acordado que a Santa Casa de Misericórdia de Maceió, com o apoio financeiro e técnico das secretarias estadual e municipal de Saúde, irá ofertar de cinco a oito leitos de UTI neonatal em, no máximo, 15 dias, no intuito de se desafogar a rede materna de alto risco.
Já a Maternidade Nossa Senhora de Fátima deverá ofertar mais oito leitos de UCI em, no máximo, dois meses, e que será feito imediatamente, pelos gestores públicos, o levantamento da quantidade de leitos maternos existentes nos interiores de Alagoas. Também será feita uma auditoria na maternidade municipal Denilma Bulhões, uma vez que esta não vem prestando serviços de qualidade, apesar de equipada. Outro assunto discutido foi a situação da Maternidade de Rio Largo, onde faltam recursos humanos para a realização das triagens, dos acolhimentos e atendimentos. O resultado destas ações será encaminhado à Defensoria Pública do Estado e Ministérios Públicos Federal e Estadual. A próxima reunião irá acontecer no dia 14.
Além da participação da Defensoria Pública, também estiveram presentes na reunião representantes do Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal, Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, Secretaria de Estado da Saúde, Secretaria Municipal de Saúde, bem como da participação dos diretores das demais maternidades de alto e baixo risco encontradas em Alagoas.
Agência Alagoas
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