Secretaria da Mulher se posiciona sobre pesquisa do Ipea a respeito de estupro

Secretaria da Mulher se posiciona sobre pesquisa do Ipea a respeito de estupro

O resultado da pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre violência contra as mulheres que apontou que 65% dos entrevistados concordam – parcial ou totalmente -, que ‘mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas’, é um dos assuntos mais debatidos do momento.

Para a secretária de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos, Katia Born, a pesquisa é um retrato do retrocesso.

“Parece que estou em 1961, quando o presidente Jânio Quadros proibiu o uso do biquíni. Isto é uma postura totalmente machista, independentemente se foi mulher ou homem quem respondeu. O jeito de vestir não permite que ninguém tenha comportamento animalesco ou psicopata. E a violência contra a mulher não se justifica em hipótese alguma”, opinou a secretária.

Outro dado da pesquisa mostra que 63% dos entrevistados concordam que ‘casos de violência contra a mulher devem ser discutidos somente entre membros da família’. “Posições como esta deixam os agressores vitoriosos, pois sem denúncia o criminoso se mantém impune. Passamos muitos anos para conquistar uma lei que garantisse proteção à mulher. Agora que temos a Lei Maria da Penha, temos que divulgá-la massivamente para que todos saibam as vantagens deste mecanismo de proteção”, argumentou Kátia Born.

Sobre o relacionamento homoafetivo, a análise aponta que mais de 50% das pessoas sentem ‘desconforto em ver dois homens ou mulheres se beijando’ ou ‘concordam com a proibição do casamento gay’.

“O preconceito é algo que começa na escola. Para desmistificar o assunto, é fundamental que haja uma educação de qualidade, em que estas questões sejam tratadas de forma aberta. Não é só homem com homem ou mulher com mulher, é preto com branco, rico com pobre. A discriminação leva à agressão. Mas nada disso impede que os movimentos sociais continuem avançando, se mobilizando e conquistando seus espaços na sociedade”, finalizou a secretária.

Agência Alagoas

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