Ou vai ou racha: policiais civis decidem se aceitam ou não proposta do governo

Ou vai ou racha: policiais civis decidem se aceitam ou não proposta do governo

Depois do acirramento da operação padrão dos policiais civis, com interdição do acesso ao Porto de Maceió na semana passada, o diálogo foi reaberto e o governo apresentou,ainda na sexta-feira, 14 uma proposta que atende em parte as reivindicações da categoria.

O governo aceitou incluir no Plano de Cargos e Salários da categoria a progressão vertical, o que vai representar ganhos salariais para policiais que tenham mais tempo de estudo ou cursos de especialização e o aumento do piso salarial de R$ 2,7 mil para R$ 3,3 mil a partir de 2015.

O que falta, segundo o Sindipol, é a inclusão dos aposentados e dos novos policiais na progressão vertical.  Por isso a categoria decidiu, em assembleia na última segunda-feira tentar pressionar ainda mais o governo.

A pressão parece não ter dados resultados até agora. O secretário de Gestão, Alexandre Lages, avisou, nesta terça-feira, que o governo esgotou as negociações. Ou é o que foi oferecido ou nada. E como argumento, o governo lembra que o piso dos policiais aumentou, no ano passado, de R$ 2,9 mil para R$ 2,7 mil.

O problema para os policiais é o prazo. O projeto terá de ser enviado ainda este mês para a Assembleia Legislativa. Do contrário, corre o risco de só ser apreciado pelos deputados depois das eleições de outubro ou em 2015. E aí, com novo governador eleito pode ser que o projeto durma nas gavetas da ALE…

Nesta quarta-feira,19, os policiais civis participam de nova assembleia para  decidir se aceitam ou não a proposta do governo.

Confira a notícia no site do Sindipol:

Secretário diz que as negociações sobre Piso e PCCS se esgotaram

O Sindpol se reuniu com o secretário de Gestão Pública, Alexandre Lajes, na tarde da terça-feira (18), para mais uma rodada de negociação. No encontro, o sindicato cobrou a inclusão dos aposentados no Plano de Cargos, Carreiras e Subsídios (PCCCS), a melhoria do piso salarial de R$ 3.368,86 (para abril de 2015) e a isonomia das progressões vertical e horizontal dos policiais civis recém-nomeados.

O secretário Alexandre Lajes disse que as negociações se esgotaram, na última sexta-feira (14), com o governador Téo Vilela. Ele destacou a preocupação com o prazo para aprovação na Assembleia Legislativa devido à legislação eleitoral.

O Sindpol e secretário se divergiram quanto à inclusão dos aposentados no PCCS. O sindicato defendeu o realinhamento da tabela para os aposentados. Para Lajes, os aposentados não podem progredir na carreira. O diretor de Planejamento, Stélio Pimentel Junior, mostrou um artigo da Lei nº 6.276 de 2001, que se referiu ao reenquadramento dos aposentados, bem como outros.

Na reunião, ficou definido que a secretária Adjunta, Ricarda Calheiros, que também participou da reunião, irá se reunir, nesta quarta-feira (19), com a procuradora de Estado, do Gabinete Civil, Fátima Medeiros, para encontrar uma alternativa ao pleito da categoria. A procuradora de Estado tem sido contrária à inclusão dos aposentados no Plano.

O Sindpol aguarda retorno do governo para repassar aos policiais civis na assembleia geral, que será realizada nesta quarta-feira (19), a partir das 14 horas, no Clube dos Sargentos da Polícia Militar, localizado no Trapiche da Barra. A categoria irá definir o rumo da mobilização.

http://www.sindpol-al.com.br/2014/03/secretario-diz-que-as-negociacoes-sobre-piso-e-pccs-se-esgotaram/

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Edivaldo Junior

Edivaldo Junior

Edivaldo Junior é jornalista, colunista da Gazeta de Alagoas e editor do caderno Gazeta Rural

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