Frente Parlamentar Agropecuária debate PEC do Trabalho Escravo e Lei do Motorista

Frente Parlamentar Agropecuária debate PEC do Trabalho Escravo e Lei do Motorista

Parlamentarares da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) reuniram-se nesta terça, dia 18, em Brasília (DF) para discutir a PEC do Trabalho Escravo (PEC 57), que deve ter o relatório votado na quarta, dia 19, na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. O projeto de Emenda Constitucional permite a expropriação de terras onde haja exploração de trabalho escravo.

Os parlamentares discutiram o texto e mantiveram a posição contrária à PEC 57. Eles pedem uma alteração na definição de trabalho escravo no Código Penal antes que a proposta seja aprovada. De acordo com os deputados, o conceito de que “trabalho escravo é toda situação exaustiva e degradante a que o funcionário é submetido” dá margem a erros e pode causar prejuízos aos produtores rurais. Quem cometer o delito, pode perder a propriedade.

“Nossa posição é clara. Nós exigimos que se conceituasse o que é trabalho escravo. Se não tiver um conceito claro, não pode ser votado. Não podemos ficar reféns de um fiscal que vai lá dizer o que é e o que não é trabalho escravo, enquadrando o agricultor, colocando na lista negra, fazendo com que os produtores parem de produzir” defende o deputado federal Valdir Colatto (PMDB-SC).

“O trabalho rural, dependendo da área em que se está exercendo no Brasil, é completamente diferenciado. Agora, nas cheias que estão tendo, para tirar o gado do meio daquela agua e lama, é exaustivo. Mas vai fazer o quê? Vai deixar morrer todo o gado, vai colocar em risco o trabalho e o emprego do peão?” questiona o deputado federal Alceu Moreira (PMDB-RS).

A Lei do Motorista também foi debatida durante a reunião. A proposta apresentada por Colatto, que aumenta de quatro para seis horas o tempo máximo na direção, continua parada na Câmara dos Deputados. A Bancada Ruralista pretende pedir que o texto seja analisado em regime de urgência.

“Precisamos que o colégio de elite coloque a votação com regime de urgência na pauta. Queremos votar na semana que vem na Câmara, já acordado com o Senado para que caminhe rapidamente. Se não fizermos isso, vai dar um blackout no transporte de carga no Brasil” destaca Colatto.

Rural BR

Author Description

Redação

Sem Comentários ainda.

Participe do debate