A Superintendência Geral de Administração Penitenciária (SGAP) deu início na segunda-feira (17), no Espaço Multieventos do Presídio Feminino Santa Luzia, a mais um ano letivo no sistema prisional, em cerimônia com presença do superintendente geral adjunto de Administração Penitenciária, tenente-coronel Marcos Sérgio, gestores e alunos do sistema prisional.
Neste novo ano letivo serão formadas 24 turmas de ensino formal, divididas em Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Programa Brasil Alfabetizado (PBA), nos turnos matutino, vespertino e noturno. Atualmente, 335 reeducandos estão matriculados nessa modalidade de ensino, correspondendo a cerca de 10% da população carcerária. Os custodiados serão capacitados pela Secretaria de Estadual de Educação (SEE) e pelo Serviço Social da Indústria (SESI).
A gerente de Educação Andrea Rodrigues falou sobre o início de mais um ano letivo. “Esse momento é singular no sistema prisional, enquanto as escolas estão fechadas por aí, nos conseguimos , junto com as parcerias, manter uma educação de qualidade e com bons resultados”, disse.
O evento teve início com uma benção feita pelo coordenador do Núcleo de Assistência Religiosa da SGAP, pastor Francisco Pereira. O hino nacional foi entoado ao som do saxofone do sargento da Polícia Militar, Adriano Bomfim. Os convidados também tiveram a oportunidade de assistir palestra sobre a sensibilização educacional prisional.
O tenente-coronel Marcos Sérgio parabenizou a equipe de educação da SGAP pelo trabalho realizado e falou sobre a importância da mesma no processo de ressocialização. “A educação é um vetor de qualidade ressocializadora muito importante, pois ela tem o condão de quebrar paradigmas”, enfatizou.
Os estudantes também tiveram espaço no evento, com as alunas do presídio Santa Luzia encenando a peça teatral “Alfabetizar é preciso”, que falou sobre a educação, homenageado o professor Paulo Jorge, um dos precursores da educação no sistema prisional alagoano.
A aluna Ana Lúcia Feitosa recitou o poema “Educar”, ocasião em que aproveitou para falar como a educação está mudando sua vida. “Lá fora não me interessei em estudar, chegando no sistema prisional percebi a importância da educação. Aqui já aprendi a assinar o meu nome, acredito que tudo que aprendi será muito importante para quando eu sair daqui”,afirmou.
Assistência Educacional
A educação tem um papel fundamental no processo de reintegração social dos apenados. Tendo isso em vista, a SGAP tem feito muitos esforços para a formação de parcerias que possam contribuir para a oferta de um ensino de qualidade para os reeducandos alagoanos.
Além dos 335 custodiados matriculados no ensino formal, 192 reeducandos participam de cursos de qualificação profissional, ofertados em parceria com a Ufal, IFAL, Senac e Senai. No total, a assistência educacional atende a 17,7% da população carcerária, número destaque quando comparado a média nacional, que é de 10,02%.
Agência Alagoas
Author Description
