Renan Calheiros tenta estancar a crise entre PMDB e governo

Renan Calheiros tenta estancar a crise entre PMDB e governo

A queda de braços entre a bancada do PMDB na Câmara federal e governo está longe de uma solução. Nesta quarta-feira, a temperatura aumentou, forçando a cúpula peemedebista a mudar de tática.

Depois de se reunir na segunda-feira com o vice-presidente, Michel Temer, o presidente do Senado, Renan Calheiros, o presidente do PMDB, Valdir Raupp e o presidente da Câmara Henrique Alves, Dilma Rousseff esperava ter contornado, com a tentativa de isolamento de Eduardo Cunha, a crise com a bancada peemedebista.

O governo errou feio na estratégia e terminou sofrendo derrotas seguidas na Câmara Federal . Agora são os integrantes da cúpula do PMDB que tentam encontrar uma solução para conter a bancada na câmara, formada por 75 deputados.

Na tarde desta quarta-feira, 12, a cúpula do PMDB se reuniu na residência do presidente do Senado, Renan Calheiros, em Brasília, para discutir a crise da Petrobras e o relacionamento do partido com a presidente Dilma Roussef.

O governo se mostrou incapaz de conter a ação do blocão, formado por aliados comandados pela bancada do PMDB e pelo líder do, Eduardo Cunha.

Os deputados aprovaram a investigação da Petrobras e também de vários ministérios. Nesta quarta a oposição conseguiu aprovar, com a ajuda do PMDB, a convocação de dez ministros para darem esclarecimentos nas comissões da Câmara Federal.

Impasse

O senador Renan Calheiros trabalha para contornar a crise, mas a tarefa não é fácil. A presidente Dilma Rousseff disse publicamente que não ia ceder, forçando o “blocão” a radicalizar.

Se a presidente não ceder, o PMDB terá que encontrar outra maneira de atender os descontentes. E não será fácil, até porque ninguém quer abrir mão de cargos ou de espaço nas alianças regionais.

Na coluna Radar (em Veja) Lauro Jardim escreveu:

Nesta quarta, 12:

“A propósito, de ontem para hoje, piorou muito, muito, muito o azedume entre PT e PMDB. O motivo, como se sabe: a Câmara, capitaneada por Eduardo Cunha, ter aprovado a comissão externa para investigar negócios da Petrobras na Holanda.

E agora? A cúpula do PMDB continuará deixando claro que Eduardo Cunha não fala pelo partido, mas não irá abandoná-lo completamente ou empurrá-lo aos leões do Palácio do Planalto”

Na terça, 11

“A estratégia de isolar Eduardo Cunha parece ter sido abraçada pela bancada do PMDB no Senado. Ao menos no discurso.

Oito entre dez senadores do partido repetem a todo momento que Eduardo Cunha passou do ponto, o acusam de não consultar os correligionários antes de armar suas ofensivas contra o governo e reiteram o apoio a Michel Temer.

Valdir Raupp foi objetivo:

– Eduardo Cunha não fala pelo partido. Nem ele nem a bancada da Câmara. Se estiverem falando, não têm autoridade nem autorização para isso.

Beleza, mas ninguém vai se surpreender se amanhã o discurso mudar. Basta Dilma Rousseff não atender à eventual sede de Renan Calheiros e companhia para os senadores peemedebistas voltarem a ver Cunha com um dos seus”.

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Redação

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