Uma audiência pública na cidade de Satuba, região metropolitana de Maceió, discutiu várias questões relacionadas a uma possível concessão de licença prévia para a construção de um empreendimento imobiliário.
A audiência faz parte das análises do Estudo e do Relatório de Impacto Ambiental (Eia/Rima).
Técnicos do Instituto do Meio Ambiente (IMA) chamaram a atenção para o fato de as casas serem construídas na Área de Proteção Ambiental (APA) do Catolé e Fernão Velho e alertaram para a necessidade de muito cuidado e realização de análise minuciosa dos impactos que a construção de cerca de cinco mil casas pode causar.
O promotor Alberto Fonseca disse que sua maior preocupação está ligada às delimitações da APA, bem como se será feito algum tipo de reflorestamento. O promotor falou também sobre a importância da fiscalização constante já que muitas pessoas aproveitam as áreas do entorno das casas para realizar construções irregulares, os chamados puxadinhos.
O prefeito de Satuba, Paulo Acioly, disse que está acompanhando de perto todo o processo de licenciamento. “Jamais autorizaria um empreendimento deste porte se não estivesse de acordo com tudo o que é exigido. É claro que precisamos nos preocupar com os impactos que a construção pode causar”, ressaltou.
Cerca de cinco mil casas devem ser construídas, divididas em quatro residenciais: Recanto das Ilhas, Recanto dos Vales, Recanto das Rosas e Recanto dos Coqueirais, que fazem parte do programa do governo federal Minha Casa Minha Vida. A perspectiva é de que pelo menos 20 mil pessoas morem nas habitações.
Além de representantes do IMA, da construtora responsável pela obra, estiverem presentes representantes do Ministério Público, prefeitura local e moradores da cidade.
Agência Alagoas