Embora continue desconversando, o deputado federal Renan Filho já cumpre a agenda de pré-candidato ao governo e aproveita o tempo disponível para o contato direto com o eleitor nos municípios.
Somente no último final de semana o deputado participou de vários compromissos em Maceió, além de cumprir agendas em cidades do interior – caso de Piaçabuçu e São Miguel dos Campos.
Mas o que Renan Filho gasta em solado do sapato economiza,em contrapartida, na saliva.
Para evitar “erros de interpretação” e não correr o risco de melindrar aliados, o deputado não está dando declarações sobre possíveis composições do chapão.
Quem será o candidato a vice? E a senador? A governador? A hora, avisa o deputado, é de correr trecho e definir propostas.
Com a tese de que não se pode colocar o carros na frente dos bois, Renan filho unificou o discurso de que é preciso, primeiro, debater as propostas e fechar o programa de governo. Não é por acaso que Ronaldo Lessa, do PDT, Paulão do PT e Marco Toledo, do PTdoB, passaram a defender estratégia semelhante.
Ao não falar, Renan Filho diz tudo: é mais candidato a candidato que nunca. Manda a boa estratégia calar agora, para falar mais na frente.
O poder da ‘folhinha’
A tese de esperar pelo calendário pegou. “Estou com Ronaldo Lessa. Vamos decidir somente depois de 4 de abril. Vamos esperar o calendário. Se o Téo ficar no governo, o quadro fica mais definido e podemos pensar em nomes. Até lá o melhor é definir propostas para Alagoas”, me disse Renan Filho na única declaração que me deu sobre o cenário eleitoral.