Indústria avícola aposta em crescimento e marca presença no Show Rural Coopavel

Indústria avícola aposta em crescimento e marca presença no Show Rural Coopavel

No Show Rural Coopavel, as empresas do setor de aves apostam em crescimento no ano de 2014, mesmo com custos de insumos ainda elevados. Os preços do farelo de soja não cederam, mas a abertura de novos mercados pode sustentar o volume de exportações e manter a avicultura do Paraná em alta.

Dezenas de empresas do setor de aves expõem produtos e tecnologias na feira. A avicultura passou por uma crise em 2012, mas se recuperou no ano passado. Agora, a expectativa é manter o crescimento nestes próximos 11 meses.

– A tecnologia faz parte do desenvolvimento da avicultura. Tirando a tecnologia da avicultura de hoje, muito difícil você conseguir ter os resultados, tanto no meio ambiente como na genética – afirma o diretor executivo Sindiavipar, Ícaro Fiechter.

Os expositores, produtores de aves e cooperados presentes na feira estão otimistas. Mas podia ser melhor, pois esperavam para este ano um cenário de custos menores. A ideia de uma safra recorde de soja poderia diminuir preços do farelo de soja, mas essa possibilidade não se confirmou no mercado.

– O custo para um preço que é sempre baixo para nossa proteína, às vezes, inviabiliza o setor. Foi o caso do ano passado a partir do segundo semestre. Tínhamos patamares de farelo de soja a US$ 400 a tonelada e, repentinamente, chegamos a US$ 1.400, um preço insuportável. Neste ano, sinalizava-se uma safra recorde e os preços refluíssem, mas efetivamente não, pois houve recomposição dos estoques mundiais. Os países compradores começaram a levar soja e, efetivamente, os preços se mantiveram em patamares acima do normal – explica o presidente da Ubabef, Francisco Turra.

O farelo de soja está cotado em média a R$ 1.100 a tonelada, valor semelhante ao registrado no último semestre de 2013. Mesmo com alto preço do insumo, as indústrias do Estado, que é o maior produtor e exportador de aves, acreditam em crescimento sólido para o setor. A abertura de novos mercados pode sustentar o atual volume de exportações, que bateu recorde em 2013 com mais de 1 milhão de toneladas embarcadas.

– Torcemos também para que tenhamos recuperação em preços do frango no mercado internacional, e também que a gente possa ter condição melhor de produção, teremos mais oferta e estamos no início da safra ainda com algumas incertezas de quebra de produção, dadas condições climáticas, especialmente na região noroeste e centro sul do Paraná. O que nós precisamos é ter bons preços a nível de carne para compensar esse aumento de custos que certamente vamos ter em função do dólar. A China, neste ano, vai ser o maior comprador de produtos processados do mundo, superando os EUA. O que evidencia uma perspectiva boa de mercado. Nós temos que torcer que as condições econômicas dos países melhorem, que a China não caia no crescimento e a Europa melhore. E aí a gente vai ter uma condição mais propícia – planeja o presidente da Organização das Cooperativas do Paraná, João Paulo Koslovski.

Rural Br

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Redação

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