Avaliar as ferramentas de gestão e traçar estratégias de atuação, melhorando o cuidado a população e reduzindo os custos, foram temas do eixo saúde no II Congresso dos Municípios Alagoanos, nos dois dias de atividades, em grande evento realizado pela Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) em parceria com o Cosems.
Entre as temáticas, a avaliação da política nacional de atenção hospitalar, que avaliou as condições de adequação de Alagoas as estratégias traçadas pelo Governo Federal, com a finalidade de expandir a assistência a população.
Representando o Ministério da Saúde na Secretaria de Atenção Saúde, o diretor do departamento da atenção básica, Heider Pinto e a apoiadora em Alagoas, Sônia Moura, apresentaram as ações e propostas do Programa de Melhoria da Atenção Básica (PMAQ) e trouxeram mais informações sobre o Requalifica-SUS, propostas que visam garantir estruturação na atenção primária.
Para a presidente do Cosems, Normanda Santiago, o Congresso é um espaço rico de troca de informações e conhecimento para a gestão do SUS. “Precisamos fortalecer este momento para que a cada ano tenhamos participações e discussões relevantes, especialmente nas áreas de maior desafio no atendimento a população”, avalia.
Mais Médicos
O Congresso também promoveu mesas debatendo os desafios e conquistas do Programa Mais Médicos, com a presença do diretor da secretaria de gestão e participação social, Felipe Proenço, que anunciou a vinda de mais profissionais a partir de fevereiro.
Segundo ele, o programa traz novidades para Alagoas em 2014. “A partir do dia 03 de fevereiro, 31 médicos brasileiros e um intercambista escolheram 28 municípios alagoanos para trabalhar”, divulgou. “Também em 2014, os municípios de Coité do Noia, Novo Lino, Roteiro, Quebrangulo, Mar Vermelho e Tanque d’Arca recebem médicos do programa pela primeira vez”, acrescentou.
“Com esse novo ciclo de profissionais atuando no Estado, 769 mil alagoanos são beneficiados com um total de 223 médicos, somados os programas Mais Médicos e o Programa de Valorização dos Profissionais da Atenção Básica (Provab)”, esclareceu ele, acrescentando que apenas pelo Provab são 60 médicos em 26 municípios.
No Brasil, existe uma média de 1,8 médicos para atender cerca de 1000 brasileiros e 22 estados estão abaixo da média nacional, como é o caso de Alagoas, que apresenta 1,12 médicos para cada 1000 alagoanos. Para responder a essa demanda, o Programa Mais Médicos em Alagoas registrou, inicialmente nos 1º e 2º ciclos, atendimento em 50 municípios em situação de extrema pobreza, cinco municípios localizados na região metropolitana e seis situados em demais localidades.
“Em Alagoas, 83% das demandas foram atendidas, o que representa as 158 vagas solicitadas e 131 vagas já ocupadas e em atividades em 54 municípios”, pontuou Felipe Proença. O representante do MS explicou ainda que o programa surgiu não apenas como medida de emergência para responder a necessidade dos municípios, mas também para ampliar a formação dos profissionais com uma maior experiência e qualificar essa formação a partir da troca de conhecimento.
Participaram ainda da mesa redonda sobre o Programa Mais Médicos, a coordenadora do programa em Alagoas, Ivana Pitta, e a presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde em Alagoas, Normanda Santiago.
Assessoria
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