Barro, palha, cerâmica, madeira e ferro são apenas algumas das matérias-primas que compõem as mais diversas peças artesanais em Alagoas. Esse rico artesanato pode ser conferido na 8ª edição da Feira dos Municípios Alagoanos, de 23 a 26 de janeiro, no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso.
Durante a solenidade de abertura, na noite de ontem, 23, o presidente da Associação dos Municípios, Marcelo Beltrão, falou que a ideia do evento é mapear o potencial do estado e transformá-lo em um movimento que alavanque a economia local.
“Para que o evento acontecesse, contamos com a parceira do Governo do Estado de Alagoas, que acreditou na feira e abriu as portas do Centro de Convenções para mostrarmos a rica cultura alagoana”, afirmou Beltrão.
Representando o governador, o secretário de Articulação Política, disse que o evento é mais uma forma do alagoano receber bem os turistas. “Além de o povo alagoano ser hospitaleiro, a gastronomia é diversificada. E tudo isso é mostrado aqui na Feira dos Municípios”, garantiu.
O secretário executivo do Ministério da Educação, Henrique Paim, esteve presente na abertura da Feira e premiou os vencedores da gincana de soletração para alunos das redes municipais “Caldeirão de Letras”. “O ministério apoio eventos como esse que estimula a alfabetização nos municípios. A AMA está de parabéns pela iniciativa”, afirmou.
Com a expectativa de receber mais de 20 mil pessoas por dia, o evento que se consolidou como um dos mais visitados por alagoanos, passou a fazer parte também do calendário de eventos da alta temporada turística. Há dois anos, a feira acontece no mês de janeiro devido ao fluxo de visitantes no Estado.
Para Lucineide Miguel, visitante pela 1ª vez do evento, conhecer coisas novas e do estado que nasceu é muito emocionante. “Nunca vim à feira e estou muito ansiosa para conhecer o artesanato e ver as bandas fanfarras de Alagoas”, assegurou.
O grande fluxo de pessoas, tanto de quem trabalha, como de quem vai com a finalidade de comprar, é um ótimo motivo para os artesãos que expõem as peças.
Segundo a D. Ejania Rodrigues, esposa e representante do artesão Walmir Lessa, do povoado da Ilha do Ferro em Pão de Açúcar, antes mesmo de o evento abrir as portas para o público, ela já tinha vendido 12 peças de madeira para as pessoas que trabalham nos stands.
“As peças que vendi já contabilizam quase R$ 4.000, mas o meu objetivo é vender tudo. Em todas as feiras que participo, são poucas as peças que levo de volta para casa. Amo vender as peças do meu marido, fico alegre e emocionada”, disse Ejania.
Já o artesão José Edilson, de Tanque D’Arca, fabrica colher de pau, de vários tamanhos, há 23 anos. De acordo com ele, a herança do ofício vem do seu avô. “É um orgulho ver quanto às pessoas admiram minha arte. Ano passado vendi muitas colheres e espero que este ano também se repita o sucesso”, falou.
Diversas autoridades estiveram presentes no evento: os senadores Benedito de Lira e Fernando Collor, o deputado federal Renan Filho, o representante do Sebrae Marco Vieira, o presidente do TC Cícero Amélio, a administradora do Porto Roseane Beltrão, entre outros.
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